99% dos profissionais de RH acredita que saúde mental deva ser preocupação nas empresas, mas apenas 46% implementam ações, revela estudo do Infojobs

Para Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos da empresa, os dados revelam “uma distância preocupante entre a conscientização e a efetividade no ambiente corporativo”

A importância da saúde mental no ambiente corporativo é quase unânime para quem trabalha com Recursos Humanos. Segundo uma pesquisa realizada em setembro de 2024, pelo Infojobs, 99% desses profissionais acreditam que o tema deve ser uma preocupação das empresas. No entanto, ao observar a realidade das organizações, de acordo com os respondentes, apenas 46% delas implementam ações efetivas voltadas aos colaboradores. 

“Esses dados revelam um abismo preocupante entre a conscientização e a efetividade no ambiente corporativo”, comenta Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs. “Precisamos lembrar que, por trás de cada número, existem indivíduos que enfrentam desafios diários. Promover a saúde mental não é apenas uma questão de compliance, mas um ato de empatia. É fundamental que as empresas se comprometam a implementar iniciativas concretas que demonstrem cuidado genuíno pelos seus colaboradores”. 

Ao analisar o estudo, a especialista ressalta a evolução positiva no número de empresas que investem em programas voltados para a felicidade e satisfação no trabalho: “Notamos um crescimento de 34% em 2023 para 58% neste ano. No entanto, ainda há uma lacuna significativa na abordagem do estresse e da sobrecarga – apenas 28% afirma ter políticas voltadas ao tema. Apesar de certos progressos, podemos observar que poucas organizações implementam políticas realmente eficazes para enfrentar essas questões. O que  evidencia que ainda temos um longo caminho a percorrer para assegurar ambientes de trabalho mais saudáveis e equilibrados”, complementa Hosana Azevedo.

O estudo também revela que, nas organizações que existem medidas para promover a saúde mental e felicidade corporativa, destacam-se canais de escuta ativa (39%), incentivo à atividade física (37%) e uma cultura de feedback positivo (36%).

Hosana Azevedo enfatiza que a implementação de ações de saúde mental deve ir além do básico: “Não basta adotar uma ação pontual, principalmente nos mês de setembro, e esperar que isso resolva tudo. As empresas precisam ser proativas e inovadoras, escutando ativamente às necessidades dos colaboradores e criando um espaço onde a saúde mental seja tão valorizada quanto a entrega de resultados. Devemos repensar as práticas atuais e trazer a saúde mental para o centro das discussões organizacionais, promovendo uma cultura de apoio e compreensão que beneficie a todos”. 

Sobre a amostra:

Pesquisa realizada pelo Infojobs em setembro de 2024, com a participação de 275 pessoas, entre homens e mulheres, de 17 a 60 anos. Este material apresenta um recorte específico focado nos profissionais de RH, que representam 52% dos respondentes.

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