6 Efeitos da Reforma Tributária nas Políticas de Contratação e Remuneração

Novo modelo tributário deve gerar maior demanda por tecnologia e especialistas em planejamento fiscal A Reforma Tributária no Brasil vai mudar de forma estrutural a forma como as empresas recolhem impostos, impactando diretamente estratégias de contratação, remuneração e formação de equipes. As áreas de Recursos Humanos e Planejamento Financeiro serão especialmente desafiadas, exigindo rápida adaptação para garantir a continuidade das operações e a competitividade. Jorge Martínez Jr., empresário contábil, sócio da HB Realiza Contabilidade e parceiro da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, destaca os principais impactos a seguir. 1 – Mudança na política de remuneração e benefícios A transformação no sistema tributário acontecerá de forma gradual, seguindo um cronograma que deve começar em 2026, com a aplicação de alíquotas de teste para a CBS e o IBS, e término projetado para 2033. Na prática, por alguns anos, as empresas terão que lidar simultaneamente com a cobrança dos tributos antigos e os novos. Esse período de transição será, portanto, complexo para as empresas. A expectativa de alteração na carga tributária sobre a folha de pagamento deve levá-las a repensarem suas políticas de remuneração e benefícios. “Se houver aumento na tributação sobre a folha, é natural a revisão de pacotes de benefícios e a criação de estratégias de compensação mais alinhadas ao novo cenário”, explica Martínez. 2 – Aumento da demanda por tecnologia e especialistas fiscaisA complexidade da transição exigirá profissionais altamente capacitados e investimento em tecnologia. “As empresas devem priorizar soluções que ofereçam facilidade para as burocracias fiscais e aumentem a eficiência operacional”, afirma o especialista. Sistemas e softwares de gestão (ERP), por exemplo, já facilitam o controle tributário, contábil, financeiro e a integração com outras áreas da empresa. A adaptação é urgente.“Se feito manualmente, o processo pode levar horas, ou até dias, ainda com o risco de erros. Com as transformações tributárias, o empresário não pode perder tempo e deve direcionar seu capital humano para análises estratégicas e interpretações legislativas, em vez de se concentrar no operacional”, recomenda Martínez. 3 –  Novas funções e desafios para recursos humanosA área de RH precisará se atualizar para lidar com os ajustes que impactam desde a folha até a retenção de talentos. “A antecipação, o monitoramento e a comunicação clara serão os grandes desafios. Não se trata apenas de cortar custos, mas de manter-se competitivo para atrair e reter bons profissionais”, destaca o empresário. 4 – Novos modelos de contrataçãoCom o possível aumento no custo da folha, empresas podem priorizar contratações via pessoa jurídica (PJ), terceirizações e modelos flexíveis de trabalho para preservar orçamento. Setores de serviços e comércio tendem a desacelerar as contratações no curto prazo. 5 – Crescimento de áreas estratégicasÁreas como tecnologia, compliance fiscal e consultoria tributária devem registrar aumento de contratações. “Profissionais híbridos, aqueles que combinam conhecimento técnico com visão estratégica, serão cada vez mais disputados. Nascerá uma nova profissão ligada à gestão tributária estratégica, o que vai exigir do time de recrutamento um olhar atento e ágil”, prevê o especialista parceiro da Omie. 6 – Risco de aumento da informalidadeCaso o impacto sobre a folha de pagamento seja elevado, também há risco de aumento da informalidade, principalmente entre pequenas empresas. “Isso exigirá atenção do Governo e fiscalização para estimular a formalização”, completa Martínez. Em um cenário de transições constantes, o RH e a alta gestão precisarão atuar de forma integrada, acompanhando de perto cada atualização tributária e adaptando processos de contratação e retenção sem perder competitividade. Omie / NOVA PR

Especialista aponta 5 cuidados ao realizar a automação financeira nas empresas

Investir em tecnologia reduz erros, otimiza processos e melhora a tomada de decisões A automação financeira tem se tornado uma aliada essencial para empresas que buscam mais eficiência e controle sobre suas operações. Ao integrar softwares de gestão, reduzir processos manuais e otimizar a administração financeira, negócios de diferentes portes conseguem minimizar erros, aumentar a produtividade e melhorar a previsibilidade de seus resultados.  Segundo dados da OTRS Group divulgados em 2023, marcas que já entenderam esse movimento e passaram a otimizar processos observam uma economia de tempo de até 23%, e um crescimento mais acelerado, reforçando o impacto positivo da tecnologia na gestão empresarial. Para Lucas Codri, fundador da IZE Gestão Empresarial e criador do Método IZE de Crescimento Lucrativo, a automação financeira não é apenas uma questão de conveniência, mas uma estratégia crucial para a saúde financeira dos negócios. “Muitas empresas perdem tempo e dinheiro com processos burocráticos, falhas na conciliação bancária e falta de integração entre sistemas. A automação permite que gestores tenham uma visão mais clara do fluxo de caixa, otimizem a precificação e tomem decisões estratégicas baseadas em dados”, explica. Redução de erros e aumento da produtividade A adoção de soluções tecnológicas na gestão financeira reduz significativamente erros manuais, como falhas em lançamentos contábeis e pagamentos duplicados. Softwares de conciliação bancária, por exemplo, garantem que todas as transações sejam registradas corretamente, evitando inconsistências e facilitando a auditoria financeira. Além disso, ferramentas de automação auxiliam na emissão de boletos, controle de contas a pagar e a receber, e na categorização de despesas, otimizando a rotina dos gestores. Empresas que investem na digitalização financeira também registram aumento da produtividade, eliminando tarefas repetitivas e liberando tempo para atividades estratégicas. De acordo com um estudo da McKinsey & Company, a implementação de tecnologias de automação pode elevar a eficiência operacional em até 20%, permitindo que empresas direcionem recursos para iniciativas de crescimento. Como escolher a ferramenta ideal para o negócio Para implementar a automação financeira de forma eficaz, é essencial escolher soluções que se adequem às necessidades da empresa. Entre os critérios a serem considerados estão a facilidade de integração com outros sistemas, a segurança dos dados e a capacidade de personalização das funcionalidades. Pequenos e médios negócios podem se beneficiar de softwares acessíveis, que oferecem desde controle de fluxo de caixa até funcionalidades mais avançadas, como análise preditiva e gestão orçamentária. “A escolha da ferramenta certa depende da maturidade financeira da empresa e dos desafios que ela enfrenta. Em muitos casos, uma solução integrada que conecta ERP, contabilidade e fluxo de caixa pode trazer ganhos imediatos na organização e previsibilidade financeira”, destaca Codri. A integração da automação financeira aos sistemas já existentes na empresa deve ser feita de forma planejada, garantindo que todas as áreas possam se beneficiar das novas tecnologias. Entre as estratégias mais eficazes estão : A transição para a automação deve ser suave, evitando a necessidade de substituir completamente os sistemas atuais. Opte por softwares que ofereçam integração com as plataformas já utilizadas, como ERP, contabilidade e bancos. Isso reduz o impacto na operação e facilita a adoção pela equipe. Um dos maiores desafios na automação é a resistência dos colaboradores à mudança. Para minimizar esse problema, invista em treinamentos e workshops que expliquem os benefícios da automação, como redução de erros e aumento da produtividade. Envolver a equipe desde o início garante maior adesão e compreensão da nova tecnologia. Evite mudar todos os processos financeiros ao mesmo tempo. O ideal é começar com áreas específicas, como conciliação bancária ou emissão de notas fiscais, e expandir conforme a equipe se adapta. Essa abordagem reduz riscos operacionais e permite ajustes conforme necessário. Antes da implementação, estabeleça indicadores-chave de desempenho (KPIs) para medir a eficácia da automação. Itens como redução no tempo de processamento de pagamentos, menor incidência de erros e melhoria no fluxo de caixa ajudam a demonstrar o impacto positivo da mudança e ajustar estratégias, se necessário. Mesmo após a implementação, é essencial garantir suporte técnico eficiente para resolver dúvidas e problemas rapidamente. Além disso, faça revisões periódicas para identificar oportunidades de otimização e garantir que a automação continue alinhada às necessidades do negócio. Ao seguir essas diretrizes, a automação financeira pode ser incorporada de forma estratégica, melhorando a eficiência sem comprometer a operação e o engajamento da equipe. *Carolina Lara*

Você sabia que gerar descontos sem estratégia pode comprometer a rentabilidade da marca?

Felipe Cintra, CEO do Grupo MXE, alerta que reduzir margens de lucro, enfraquece marcas e pode criar uma cultura de preços sempre mais baixos Reduzir preços para atrair clientes pode parecer uma estratégia eficaz, mas, se feita sem critério, pode comprometer seriamente a rentabilidade e o posicionamento de mercado das empresas. Segundo o Grupo MXE, referência em soluções educacionais para empresários, a concessão indiscriminada de descontos pode gerar uma cultura de desvalorização do produto ou serviço, além de pressionar a estrutura financeira das companhias. “Empresas que oferecem descontos sem estratégia correm o risco de educar seus clientes a sempre esperar preços mais baixos, o que afeta a percepção de valor e reduz a margem de lucro no longo prazo”, alerta Felipe Cintra, CEO do Grupo MXE. Ele explica que, sem uma estratégia bem definida, a prática pode se transformar em um problema sistêmico, prejudicando a competitividade e dificultando a diferenciação da empresa no mercado. A armadilha da precificação reduzida Muitos empresários recorrem a descontos para superar objeções de clientes, sem avaliar se a redução de preços está alinhada à estratégia de longo prazo do negócio. Pequenos e médios empreendedores são os mais vulneráveis, pois muitas vezes reduzem preços para competir com grandes empresas, comprometendo a lucratividade e dificultando a expansão. Cintra ressalta que um desconto pode ser eficaz quando vinculado a um objetivo estratégico, como a conquista de clientes recorrentes ou a ampliação do networking. “Se um empresário oferece um desconto inicial atrelado a um contrato de longo prazo ou à indicação de novos clientes, ele está criando valor. Mas, se apenas reduzir o preço para fechar uma venda pontual, está enfraquecendo sua marca e prejudicando seu faturamento”, explica. Alternativas estratégicas para evitar a dependência de descontos Para manter a competitividade sem comprometer a precificação, o especialista sugere alternativas que fortalecem o posicionamento da empresa: “Empresas financeiramente saudáveis entendem que preço é uma consequência da percepção de valor. Um produto ou serviço bem posicionado e bem comunicado justifica seu valor no mercado sem a necessidade de cortes frequentes nos preços”, conclui Cintra. Sobre o Grupo MXE O Grupo MXE, referência educacional em soluções para empresários e suas empresas, é especializado em construção e implementação de processos eficientes, mentoria para empresários e capacitações para times e liderança. Fundado em 2023, tem como foco estruturar processos, otimizar a gestão e impulsionar o crescimento de empresas.  Com clientes em oito países, incluindo Japão, Canadá, Portugal, EUA e Argentina, o grupo impacta milhares de empresários por meio de suas duas frentes principais: o MXE Educação, voltado para treinamentos, palestras, masterminds e imersões, e o MXE Serviços, que inclui a Up Grow Consultoria, especializada na estruturação de processos e gestão empresarial e um auditório totalmente equipado para eventos, que atende 120 pessoas. Sob a liderança do multiempresário Felipe Cintra, fundador e CEO, e de Maycon Manfio, COO, a MXE tem se consolidado como referência no desenvolvimento empresarial. Com uma equipe em expansão, o grupo atende negócios de diversos setores, como agro, varejo, indústria alimentícia, saúde, e-commerce, manufatura industrial e serviços, apoiando empresários a escalarem suas operações com eficiência e sustentabilidade.

Como o regime aduaneiro fortalece as exportações e diminui os custos para empresas no Brasil.

Ferramenta de desoneração fiscal tem sido estratégica para ampliar a competitividade do Brasil no comércio exterior; especialista explica como empresas podem se beneficiar do mecanismo O regime aduaneiro especial de Drawback, criado para estimular as exportações brasileiras, tem sido um dos principais aliados de indústrias que buscam reduzir custos e ampliar sua competitividade no mercado internacional. Ao permitir a suspensão, isenção ou restituição de tributos incidentes sobre insumos importados utilizados na produção de bens exportados, o mecanismo se tornou fundamental na estratégia de empresas que atuam com comércio exterior. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), esse regime respondeu por cerca de 25% das exportações totais do país em 2023, movimentando mais de US$75 bilhões em mercadorias beneficiadas pela desoneração fiscal. “Trata-se de uma das ferramentas mais eficazes para a indústria exportadora brasileira. Ele permite que as empresas sejam mais competitivas ao eliminar custos tributários da cadeia de produção voltada à exportação”, explica Thiago Oliveira, fundador da Saygo, empresa especializada em soluções de comércio exterior. A marca atua diretamente na estruturação e acompanhamento de operações sob o regime de Drawback, oferecendo assessoria técnica desde a análise de viabilidade até a prestação de contas junto aos órgãos reguladores. A consultoria afirma que empresas do setor automotivo, químico, metalúrgico e de alimentos estão entre as que mais se beneficiam da estratégia. Como funciona o regime de Drawback ? São três modalidades distintas: suspensão, isenção e restituição. Na suspensão, a empresa importa ou adquire no mercado interno insumos sem o pagamento de impostos como IPI, PIS/Cofins, ICMS e Imposto de Importação, desde que comprove a exportação do produto final. Já a modalidade de isenção permite a reposição de insumos previamente utilizados na fabricação de bens exportados. A restituição, menos comum, envolve o reembolso de tributos já pagos. “A escolha da modalidade correta depende do perfil da empresa, do ciclo de produção e da logística das exportações”, explica o especialista. Segundo ele, a modalidade de suspensão é a mais adotada por grandes indústrias por proporcionar benefícios imediatos em termos de fluxo de caixa. Casos práticos: empresas que ampliaram competitividade com o Drawback Um exemplo citado é o de uma indústria de autopeças no interior de São Paulo, que conseguiu reduzir em até 18% os custos totais de produção para exportação após implementar o regime. Em outro caso, uma fabricante de produtos químicos conseguiu expandir sua atuação em mercados da América Latina após recuperar cerca de R$ 2 milhões em créditos tributários com o uso da modalidade de isenção. “O impacto vai além da economia tributária. Com margens mais atrativas, essas empresas conseguem negociar melhor com compradores internacionais e aumentar sua participação em mercados estratégicos”, afirma Oliveira. Caminhos para aderir ao Drawback A habilitação ao regime exige que a empresa comprove capacidade técnica, mantenha controle rígido sobre o uso dos insumos e realize a exportação dentro do prazo estipulado. A Saygo destaca que o planejamento tributário e a digitalização dos processos são essenciais para garantir o cumprimento das exigências e evitar autuações. Além disso, o regime está passando por atualizações, com a digitalização completa dos processos por meio da plataforma Drawback Web, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o que deve agilizar a concessão e o controle das operações. “O maior erro das empresas é acreditar que o processo é burocrático demais e que os ganhos não compensam. Com assessoria especializada, é possível transformar o Drawback em uma vantagem real e sustentável para os negócios”, reforça o consultor. Para as empresas que pretendem iniciar suas exportações ou ampliar sua atuação no mercado externo, compreender o funcionamento do Drawback e implementá-lo com o suporte de especialistas pode ser o diferencial competitivo que faltava. *saygo*

Dia da Mentira: As maiores mentiras que os empreendedores escutam

Empreendedores de diferentes setores revelam os mitos mais comuns que escutam no mundo dos negócios e compartilham o que realmente faz a diferença no sucesso de uma empresa 1º de abril, o famoso Dia da Mentira, costuma ser associado a brincadeiras e pegadinhas. Mas, no universo do empreendedorismo, as mentiras — ou melhor, os mitos — não têm graça nenhuma. Pelo contrário: acreditar em algumas dessas falsas promessas pode custar caro e comprometer o futuro de um negócio. Seja no começo da trajetória ou em fases mais avançadas, muitos empreendedores esbarram em ideias ilusórias que criam expectativas irreais e decisões arriscadas. Afinal, o sucesso nos negócios não nasce de fórmulas mágicas — e sim de estratégia, planejamento e uma boa dose de realidade. Para jogar luz sobre o tema, reunimos empresários experientes de diferentes segmentos para revelar quais são as “mentiras” mais comuns no meio empreendedor — e quais as verdades que realmente fazem diferença. Confira: ⸻ “Logo vai dar lucro” — Aluizio de Freitas, Diretor da Sigbol, escola de moda. A crença de que o negócio trará grandes resultados rapidamente é uma armadilha comum entre novos empreendedores. “Contar com alto lucro logo no início é uma ilusão”, afirma Aluizio de Freitas, diretor da Sigbol. Segundo ele, o crescimento de uma empresa exige tempo, paciência e muito planejamento. “Concorrência, condições de mercado e estratégias eficientes são fatores que influenciam diretamente no desempenho. O importante é construir uma evolução constante e valorizar os pequenos passos.” ⸻ “Só a persistência garante o sucesso” — João Marcos Rios, fundador da VFP – rede de hospitais veterinários. A famosa frase “insista que uma hora dá certo” não conta toda a história. Para João Marcos Rios, sócio fundador da VFP, rede de hospitais veterinários de alta complexidade, persistência sozinha não garante resultado. “O diferencial está em tomar mais decisões certas do que erradas — e isso vai muito além de insistência: exige estratégia”, pontua. Ele destaca ainda que um negócio sólido se sustenta em pilares como cultura organizacional, processos eficientes, tecnologia e boa governança. “Persistir do jeito certo é o que realmente leva ao sucesso.” ⸻ “Empreender em franquia é mais fácil” — Paulo Manuel, CEO da TZ Viagens. A ideia de que abrir uma franquia é moleza também é um mito recorrente. Para Paulo Manuel, fundador e CEO da TZ Viagens, esse modelo pode, sim, oferecer mais segurança, mas ainda assim exige esforço e comprometimento. “O modelo de franquia traz vantagens, como marca consolidada, suporte estratégico e fornecedores homologados. Mas isso não elimina o trabalho duro. Liderar uma unidade exige disciplina e dedicação diária para alcançar bons resultados”, explica. ⸻ Neste Dia da Mentira, um recado sincero: O caminho do empreendedorismo é repleto de desafios, decisões difíceis e aprendizados constantes. Não existem atalhos nem fórmulas mágicas. O que realmente conta é ter estratégia, resiliência e coragem para encarar a realidade com os dois pés no chão — e a cabeça nas alturas. Clarissa Perilloclarissa@accrux.com.br(11) 96828-7778

Confira erros comuns na hora de acabar com o home office

Decisão de reduzir o home office reacende debate sobre coerência cultural, bem-estar e confiança nas empresas O modelo presencial voltou ao centro das decisões nas empresas brasileiras. Dados da consultoria JLL mostram queda na taxa de vacância em escritórios corporativos no fim de 2024. Já nas plataformas de recrutamento, como a Gupy, as vagas presenciais superaram o trabalho remoto. Empresas como Amazon, Dell e Petrobras anunciaram mudanças que limitam o home office. Algumas adotaram medidas rígidas, como a restrição a promoções para quem trabalha de forma remota. Outras, como a Petrobras, passaram a exigir mais dias presenciais — o que gerou reações entre os funcionários. Em um evento interno recente, uma colaboradora relatou os impactos da medida em sua saúde e rotina, e seu depoimento repercutiu nas redes sociais. O movimento reacendeu o debate: como conduzir a transição sem perder a confiança dos profissionais? Para  Angélica Madalosso, especialista em employer branding e CEO da ILoveMyJob, o problema não está no modelo adotado, mas na forma como as empresas se comunicam e aplicam essas mudanças. “Voltar ao presencial não é um erro. O que desgasta a relação com os times é quando a mudança acontece sem escuta, sem explicação e sem coerência com os valores que a empresa afirma defender”, afirma. Mudanças mal conduzidas rompem a confiança Pesquisas mostram que a insegurança com o trabalho remoto ainda existe entre os gestores. Segundo um levantamento da Mercer Brasil, 76% dos líderes ouvidos relatam dúvidas sobre a produtividade no modelo remoto. Para Angélica, o desafio real está na falta de estrutura para sustentar o modelo e no desalinhamento entre o que se comunica e o que se vive. “Se a empresa afirma que valoriza autonomia e equilíbrio, mas impõe regras rígidas sem consultar ninguém, ela quebra um pacto com os talentos. Isso compromete a reputação e afasta profissionais”, explica. Com redes sociais e sites como o Glassdoor, a experiência vivida pelos colaboradores circula fora da empresa com rapidez. Um erro de condução pode custar caro para a imagem da marca empregadora, de acordo com Angélica. “Hoje pessoas confiam e compram de pessoas e não de marcas, logo o relato negativo de um colaborador nas redes sociais tem uma grande possibilidade de afastar novos talentos, além de clientes e até investidores”. Como conduzir a mudança com mais segurança? A especialista aponta quatro caminhos que ajudam a preservar a confiança da equipe e a imagem da empresa: 1) Escute antes de agir Antes de comunicar uma mudança, promova escuta ativa e leve em conta os diferentes perfis da equipe. Isso reduz resistências e melhora a adesão. 2) Explique com clareza o motivo da decisão Transparência é essencial para manter a confiança. As pessoas compreendem decisões difíceis quando entendem o porquê delas. 3) Mantenha coerência entre discurso e prática Se a empresa promove flexibilidade, ela precisa ser verdadeira nessa entrega. Incoerência enfraquece a credibilidade da liderança. 4) Cuide da narrativa interna e externa O que acontece dentro da empresa chega ao mercado. A percepção interna, hoje, é também reputação externa. – Para saber mais sobre Angélica Madalosso e seus conhecimentos, fique à vontade para nos consultar:Tais GomesAssessora de ImprensaTG Comunicação(11) 98834-9744tais.gomes@tgcom.in  Chris CoelhoAssessora de ImprensaTG Assessoria de imprensa(22) 9 9902-6091chris.ceolho@tgcom.in

Novas regras para emissão de Notas Fiscais entram em vigor em abril de 2025: entenda as alterações

Mudanças entram em vigor a partir de 1º de abril e unidades da Ade Sampa prestarão orientações aos empreendedores a respeito das novas regras Com as mudanças Implementadas pela Receita Federal, Microempreendedores Individuais (MEIs) deverão incluir o CRT 4 (Código de Regime Tributário Simples Nacional – MEI) e o CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) adequado para cada transação. A nova regra traz também uma atualização na tabela de Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), responsáveis por identificar a natureza de cada transação, o que impacta inclusive na tributação. Segundo o Sebrae, os novos códigos aprovados que serão utilizados pelos MEIs para operações internas e interestaduais são: 1.202 – Devolução de venda de mercadoria 1.904 – Retorno de remessa para venda fora do estabelecimento 2.202 – Devolução de venda de mercadoria (interestadual) 2.904 – Retorno de remessa (interestadual) 5.102 – Venda de mercadoria adquirida 5.202 – Devolução de compra para comercialização 5.904 – Remessa para venda fora do estabelecimento 6.102 – Venda de mercadoria adquirida (interestadual) 6.202 – Devolução de compra para comercialização (interestadual) 6.904 – Remessa para venda fora do estabelecimento (interestadual) As novas regras, que passam a valer a partir de 1º de abril, são resultado da Reforma Tributária implementada pelo governo federal. O objetivo da mudança é melhorar o controle fiscal e a conformidade tributária. “É normal que mudanças em regras acabem causando dúvidas. Por isso temos diversos equipamentos da Prefeitura de São Paulo destinados a prestar todo o apoio aos empreendedores da cidade de São Paulo para que seu negócio esteja sempre regular”, destaca o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart. Ficou com alguma dúvida?  Com o objetivo de apoiar os microempreendedores com a regularização de seu negócio, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Ade Sampa, oferece um amplo programa de atendimento e suporte. A Ade Sampa disponibiliza informações, consultorias e orientações gratuitas em diversos pontos da cidade, além de promover capacitações que fortalecem a gestão e a sustentabilidade dos negócios. Em caso de dúvidas sobre as novas regras para emissão da NF-e e da NFC-e, os empreendedores da cidade de São Paulo poderão receber assistência em todas as unidades de atendimento da Ade Sampa. São mais de 50 pontos espalhados por todas as regiões da Capital paulista. Nas unidades são oferecidas orientação sobre formalização e documentação que o seu negócio precisa para estar em dia, além de encaminhamento para a participação em diversos cursos e programas. Sobre a Ade Sampa  A Agência São Paulo de Desenvolvimento – Ade Sampa é uma agência vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, da Prefeitura de São Paulo, que promove políticas de desenvolvimento que contribuam para o crescimento econômico, por meio do estímulo ao empreendedorismo e a inovação tecnológica, de maneira a reduzir as desigualdades regionais, aumentar a competitividade econômica e apoiar a geração de empregos e de renda na cidade de São Paulo.

Novas autorizações transformam o setor das apostas esportivas no Brasil

Com 37 plataformas incluídas na lista de autorizadas a operar até 2029, governo amplia controle sobre o mercado e impõe novas regras para apostadores e empresas A regulamentação das apostas esportivas no Brasil entrou em uma nova fase em fevereiro de 2025, quando a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda autorizou 37 novos sites a operar legalmente no país, totalizando 158 plataformas. A medida, que integra a Lei 14.790/2023, estabelece critérios rígidos para concessão de licenças e visa garantir maior transparência no setor, além de fortalecer a arrecadação de impostos sobre as apostas. De acordo com o governo federal, as empresas autorizadas poderão operar até 2029, respeitando normas que incluem o combate à lavagem de dinheiro, proteção ao consumidor e controle sobre a publicidade das apostas. A lista oficial de plataformas regulamentadas foi publicada no Diário Oficial da União e está disponível no site do Ministério da Fazenda. Para os apostadores, a principal mudança é a segurança jurídica ao utilizar plataformas certificadas. “A legalização reduz riscos para o consumidor, pois assegura que os sites cumpram regras de transparência, paguem premiações de forma regular e sigam diretrizes de jogo responsável”, afirma Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística e fundador da Fulltrader Sports, empresa de Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo. Além disso, a regulamentação impacta diretamente o mercado, que movimenta bilhões de reais anualmente. Segundo estimativas do setor, o volume de apostas no Brasil deve ultrapassar os R$100 bilhões em 2025. Com a formalização, a arrecadação de tributos pode atingir até R$6 bilhões ao ano, reforçando os cofres públicos e ampliando investimentos em esportes e programas sociais. Desafios e oportunidades para o mercado A oficialização das apostas também traz desafios para empresas que ainda não se adequaram às exigências. Plataformas que não receberam autorização devem interromper suas operações no Brasil, o que pode resultar na migração de usuários para sites ilegais hospedados no exterior. “O mercado ainda enfrenta o desafio de coibir a atuação de sites não regulamentados, que oferecem menos garantias aos apostadores”, explica Ricardo. Por outro lado, a regulamentação abre oportunidades para empresas que operam dentro da legalidade, incentivando a profissionalização do setor e a entrada de novos investidores. Com a estabilidade regulatória, espera-se uma maior oferta de bônus, promoções e recursos inovadores para os jogadores, impulsionando a competitividade entre as plataformas autorizadas. O Ministério da Fazenda reforça que os usuários devem sempre verificar se a plataforma escolhida está na lista oficial de sites regulamentados. Além disso, o governo alerta para a importância do jogo responsável, recomendando que os apostadores definam limites financeiros e busquem informações sobre práticas seguras antes de investir dinheiro nas apostas. Com um mercado cada vez mais estruturado e fiscalizado, a expectativa é que o setor de apostas esportivas no Brasil continue crescendo de forma sustentável, garantindo benefícios tanto para os jogadores quanto para a economia do país. *Ricardo Santos é cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder da América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo. Também atua como trader em Probabilidades de Futebol há 12 anos.  

Selic alta, inflação e dólar: entenda os desafios do varejo para 2025

Alta dos juros e pressão inflacionária impactam o setor; lojistas precisam se preparar para um ano de volatilidade econômica e crédito escasso O setor varejista atravessou 2024 com resultados expressivos, registrando crescimento de 4,7% nas vendas do varejo. No entanto, os desafios para 2025 começam a ganhar notoriedade com novas altas da taxa Selic, a inflação persistente e a volatilidade cambial,  impactando diretamente o consumo e a rentabilidade para diversos comerciantes.  Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP, afirma que o setor vai precisar adotar estratégias para lidar com esse cenário. “Os lojistas devem ficar atentos ao aumento do custo do crédito e à pressão nos preços. A previsão de uma taxa de juros próxima de 15% até dezembro de 2025, impõe desafios para o financiamento do consumo e dos próprios investimentos do setor”, destaca Stainoff. Crédito mais caro e inadimplência em alta Com a Selic em 13,25% e previsão de alta ao longo do ano, o custo do crédito segue como um obstáculo para os varejistas. Em 2024, a taxa média de juros para pessoas físicas alcançou 33%, enquanto para empresas ficou em 19,6%, dificultando o acesso ao financiamento.  Paralelamente, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a inadimplência vem crescendo: cerca de 68,8 milhões de consumidores estavam negativados em janeiro de 2025, um aumento de 2,8% em relação ao ano anterior. No setor empresarial, o número de empresas inadimplentes cresceu 6,5%. “O lojista precisa ajustar suas estratégias financeiras para lidar com o endividamento da população e a dificuldade de acesso ao crédito. Uma boa gestão de fluxo de caixa e alternativas como programas de parcelamento e descontos para pagamentos à vista podem ajudar a reduzir esses riscos”, orienta Stainoff. Inflação e dólar ainda pressionam custos O IPCA acumulado de fevereiro de 2025 chegou a 5,06%, permanecendo acima da meta perseguida pelo Banco Central. Esse cenário impacta diretamente o custo de produtos e operações do varejo, reduzindo o poder de compra dos consumidores. Além disso, a volatilidade cambial trouxe desafios adicionais.  A valorização do dólar em relação ao real encareceu a importação de mercadorias, afetando principalmente segmentos como eletrônicos, vestuário e insumos do setor alimentício. Estratégias para os lojistas Diante do atual panorama econômico, o ano de 2025 será repleto de desafios, mas também de oportunidades para o varejo. A chave estará na capacidade dos lojistas de se adaptar às novas condições do mercado e buscar soluções inovadoras para manter a competitividade.  “A adoção de estratégias digitais e a diversificação de meios de pagamento são caminhos fundamentais para atravessar 2025 com resiliência. O consumidor está cada vez mais conectado, e os lojistas que investirem em experiências digitais e facilidades como cashback tendem a se destacar”, finaliza Stainoff. Sobre a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo  A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP) é a principal entidade que representa o comércio e serviços no estado. Ela reúne as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) e trabalha para apoiar as empresas do setor, defendendo seus interesses e ajudando no seu desenvolvimento.

Empresas brasileiras podem recorrer à Justiça contra novas tarifas dos EUA?

Novas tarifas dos EUA geram desafios para empresas brasileiras, exigindo estratégias para mitigar impactos As recentes taxações dos EUA anunciadas pelo governo de Donald Trump têm causado repercussões significativas em diversos setores econômicos. Entre as mais impactantes estão o aumento das tarifas sobre produtos agrícolas, impactando o agronegócio brasileiro, um dos pilares da exportação nacional. Com essas novas medidas, empresas brasileiras que firmaram contratos antes do anúncio das taxações podem enfrentar um aumento inesperado nos custos de exportação, gerando riscos financeiros e operacionais. “Em casos como esse, é fundamental analisar as cláusulas contratuais para verificar se há dispositivos que permitam a renegociação dos valores ou mesmo a rescisão sem penalidades devido a mudanças substanciais no cenário econômico”, explica o advogado Rafael Guazelli, especialista em Direito Tributário. Além disso, algumas empresas podem buscar medidas judiciais para evitar prejuízos excessivos, dependendo da estrutura do contrato e da legislação aplicável. O agronegócio está entre os setores mais afetados pelas novas tarifas impostas pelos EUA. As tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os EUA podem reduzir a margem de lucro e exigir ajustes estratégicos para manutenção da competitividade. “Para o setor agrícola, uma alternativa pode ser a reavaliação das rotas comerciais e a busca por novos mercados que ofereçam condições tarifárias mais favoráveis”, aponta o advogado. Possibilidades jurídicas e estratégicas Diante desse cenário, as empresas brasileiras precisam avaliar suas alternativas jurídicas para minimizar os impactos financeiros das novas taxações. Segundo o Dr. Rafael Guazelli, algumas medidas que podem ser adotadas incluem: Como as empresas devem se preparar Diante desse cenário desafiador, é essencial que as empresas brasileiras, especialmente as que atuam nos setores mais impactados, adotem uma abordagem proativa. “A revisão de contratos deve ser uma prioridade para todas as empresas que exportam para os EUA, pois isso permitirá antecipar riscos e preparar soluções antes que os impactos financeiros se tornem críticos”, aconselha Guazelli. Além disso, contar com assessoria jurídica especializada pode fazer a diferença na busca por soluções legais que minimizem os efeitos negativos das novas taxações. “As empresas precisam estar atentas às oportunidades e mecanismos jurídicos disponíveis para evitar prejuízos desnecessários e manter a competitividade no cenário global”, conclui o especialista. O impacto das novas taxações dos EUA sobre contratos vigentes reforça a necessidade de planejamento e adaptação por parte das empresas brasileiras. “Medidas estratégicas e jurídicas bem estruturadas serão fundamentais para garantir a continuidade dos negócios e mitigar os riscos econômicos trazidos por essas mudanças”, finaliza o especialista. Sobre Rafael Guazelli Rafael Guazelli é um advogado com 17 anos de experiência, especializado em Direito Tributário, Agrário e Bancário. Com uma trajetória marcada por sucessos, ele já atendeu mais de 1.000 clientes e conquistou mais de 2.500 vitórias judiciais através do Guazelli Advocacia. Formado em Direito pela PUC Paraná e técnico em Transações Imobiliárias, membro do Instituto de Direito Tributário do Paraná, tem uma atuação destacada em análises legislativas, especialmente nos impactos para o agronegócio e relações fiscais. Rafael Guazelli distingue-se por aplicar soluções inovadoras e sistêmicas em sua prática jurídica, refletindo seu compromisso com o aprimoramento constante e a atenção às tendências. Essa abordagem assegura defesas robustas e adaptadas às necessidades específicas de seus clientes, com uma dinâmica legal sempre em fluxo. Sua proatividade em incorporar novidades jurídicas fortalece sua capacidade de oferecer estratégias eficazes em defesa dos interesses que representa.