Pagamento do 13º salário deve injetar R$312 bilhões na economia brasileira, diz Dieese

Número representa cerca de 3% do PIB do país. A economia brasileira deve receber uma injeção significativa de recursos com o pagamento do 13º salário em 2024, informa O Globo. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), estima-se que o montante de R$ 321,4 bilhões será destinado a cerca de 92,2 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas, representando aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.  O pagamento do benefício é direcionado aos trabalhadores do mercado formal, empregados domésticos com carteira assinada e aos aposentados e pensionistas dos regimes públicos da União, estados e municípios. Cerca de 56,9 milhões de trabalhadores formais, incluindo 1,4 milhão de empregados domésticos, e 34,2 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) compõem o grupo principal de beneficiários. Os dados também incluem, embora sem quantificação exata, os aposentados dos regimes próprios estaduais e municipais, que receberão o benefício ao longo dos próximos meses. Setores e regiões que mais se beneficiam – O levantamento do Dieese detalha a distribuição dos valores a serem pagos. Para os trabalhadores do setor formal, estima-se que R$ 214 bilhões sejam direcionados aos empregados com carteira assinada, enquanto R$ 107 bilhões vão para aposentados e pensionistas, com uma média de R$ 3.096,78 por pessoa. Entre os trabalhadores do setor privado e público, o segmento de serviços – incluindo a administração pública – será o maior beneficiado, recebendo cerca de 64,6% do total destinado ao mercado formal, enquanto os empregados da indústria terão 17% e os comerciários 13%. Para o setor de construção civil, o percentual de 3,3% e a agropecuária, 2,1%, refletem o menor volume de empregados formais nessas áreas. Em média, o valor do 13º salário para trabalhadores formais será de R$ 3.820, variando entre R$ 4.382 no setor de serviços e R$ 2.380 para o setor primário. Geograficamente, o Sudeste lidera a distribuição, com 50,1% do montante total, sendo a região com maior número de empregados formais e aposentados. O Sul e o Nordeste também recebem parcelas expressivas, com 16,7% e 15,9%, respectivamente, enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte recebem 9% e 5% do valor. O Distrito Federal destaca-se com o maior valor médio de 13º salário do país, atingindo R$ 5.665, enquanto Maranhão e Piauí registram as menores médias, em torno de R$ 2.000. Impacto no mercado e distribuição ao longo do ano – Embora o pagamento do 13º costume ser efetuado majoritariamente nos últimos dois meses do ano, o Dieese observa que algumas categorias têm parcelas do benefício antecipadas por meio de acordos coletivos de trabalho, o que pode influenciar a distribuição ao longo do ano. A análise também não considera os autônomos e trabalhadores informais, cujo recebimento do abono depende de condições e acordos específicos, dificultando a quantificação exata de seu impacto.

O que é o PIX Agendado Recorrente e como funciona a nova modalidade

Nova funcionalidade, que permite que qualquer pessoa agende pagamentos de forma recorrente, passou a valer nesta segunda-feira (28) e deve ser oferecida por todas as instituições financeiras. Passou a valer nesta semana o PIX Agendado Recorrente, nova modalidade do PIX permite que qualquer pessoa agende pagamentos de mesmo valor de forma recorrente, para cair na conta do recebedor sempre no mesmo dia de cada mês. Funciona, por exemplo, para quem paga aluguel diretamente para outra pessoa física e quer automatizar os pagamentos mensais. O pagamento para outros profissionais autônomos, que recebam como pessoa física ou por meio de CNPJ, também pode ser cadastrado no agendamento recorrente do PIX, como terapeuta, diarista, personal trainer e professor de música, por exemplo. Além da recorrência no pagamento para serviços, a modalidade também permite o agendamento para outras situações, como mesadas para os filhos. O PIX Agendado já era permitido pelo Banco Central do Brasil (BC), mas de forma facultativa — ou seja, os bancos não eram obrigados a oferecer o serviço. Agora, é um serviço obrigatório para todas as instituições financeiras, seguindo as regras definidas pelo BC. Como funciona o PIX Agendado Recorrente No PIX Agendado Recorrente, cabe ao próprio usuário pagador fornecer as informações de pagamento na hora de cadastrar a recorrência. Assim, é importante ter atenção: A checagem de todos esses dados antes de concluir o cadastramento do PIX Agendado Recorrente diminui as chances de erro e outros problemas com os pagamentos. Essa modalidade funciona de forma um pouco diferente do que será o PIX Automático — previsto pelo BC para 16 de junho de 2025. O PIX Automático também será usado em cobranças recorrentes, mas apenas com pagamentos vinculados à CNPJs para serviços como contas de água e luz, mensalidades escolares, condomínios e parcelamento de empréstimos, por exemplo — como hoje já acontece no débito automático. Diferentemente do PIX Agendado Recorrente, no PIX Automático é a própria empresa quem fornecerá os dados para a cobrança recorrente e caberá ao cliente autorizar os pagamentos, por meio de celular ou computador.

Black Friday: 5 estratégias de trade marketing para potencializar as vendas

Especialista aponta como ações de trade marketing bem-planejadas fazem a diferença para marcas e varejistas na Black Friday. A Black Friday é o momento mais esperado do ano para varejistas e marcas que buscam se destacar e captar o interesse dos consumidores em um mercado altamente competitivo. Para garantir vendas expressivas, mais do que apenas oferecer descontos, é necessário adotar estratégias de trade marketing que ampliem o impacto da marca e envolvam os consumidores.  Leonardo Oliani, CEO da Trade Suite, empresa braço da Astéria Tecnologia, especializada em desenvolver softwares e soluções digitais para trade marketing, compartilha cinco estratégias para maximizar os resultados no período. 1. Atraia com ativações no ponto de venda Segundo Oliani, durante a Black Friday, o aumento do fluxo de consumidores torna essencial destacar a marca visualmente no ponto de venda. Ações como displays interativos e totens digitais, junto com campanhas de realidade aumentada, atraem a atenção e incentivam a compra. “Essas ativações capturam o interesse do consumidor, proporcionando uma experiência mais rica e aumentando as chances de conversão”, explica Oliani. 2. Personalize promoções com base em dados de consumo A personalização é uma vantagem competitiva poderosa. Oliani ressalta que, ao analisar o comportamento dos consumidores, é possível criar ofertas mais alinhadas aos interesses de cada perfil de cliente. “Com as soluções digitais da Trade Suite, as empresas conseguem direcionar promoções personalizadas para consumidores específicos, aumentando a eficácia das ofertas e melhorando a satisfação do cliente. Esse alinhamento evita também as compras por impulso, promovendo uma experiência mais consciente e positiva para o consumidor, que encontra ofertas realmente relevantes e ajustadas às suas necessidades. Assim, as empresas não só aumentam a assertividade das promoções, mas também contribuem para uma relação mais saudável entre o cliente e a marca, incentivando decisões de compra mais ponderadas e que geram valor a longo prazo”, destaca. 3. Invista em integração omnicanal Estar presente em todos os canais onde o consumidor está é essencial. Oliani explica que uma estratégia de trade marketing para a Black Friday deve integrar as ações físicas com o digital, como redes sociais e e-mails, onde links diretos para produtos específicos facilitam a conversão. “Essa integração traz uma experiência de compra mais fluida e conveniente, que pode ser decisiva no processo de compra”, completa. 4. Capacite a equipe de vendas A equipe de vendas tem um papel fundamental na experiência do consumidor. Segundo Oliani, uma equipe bem treinada e preparada para o alto volume de vendas da Black Friday é capaz de engajar os clientes e proporcionar um atendimento eficiente e personalizado. “Investir em treinamento é uma das estratégias mais vantajosas, pois ajuda a equipe a lidar com a pressão do período e ainda promove a fidelização”, comenta o especialista. 5. Mensure e analise os resultados para ajustes e melhoria contínua Para Oliani, a mensuração dos resultados é essencial para entender o impacto das ações de trade marketing e identificar pontos de melhoria. Com as ferramentas da Trade Suite, as empresas conseguem obter insights sobre os produtos mais vendidos, os comportamentos de compra dos consumidores e a eficácia das promoções. “Esses dados são fundamentais para ajustar estratégias e garantir que as ações futuras sejam ainda mais eficazes”, afirma o CEO. Essas cinco estratégias de trade marketing podem ser o diferencial necessário para destacar a marca durante a Black Friday, maximizando as vendas e conquistando a fidelidade dos consumidores. Leonardo Oliani conclui: “Empresas que apostam em planejamento, personalização e monitoramento conseguem aproveitar ao máximo o potencial de vendas do período e construir um relacionamento duradouro com seus clientes”. Sobre a Astéria Astéria Tech é uma empresa de tecnologia com mais de 19 anos de experiência no desenvolvimento de soluções digitais personalizadas para médias e grandes empresas. Por meio de sua unidade de negócios TradeSuite (https://tradesuite.com.br/), apoia as áreas de trade marketing de indústrias e varejos com soluções robustas para a gestão de programas de relacionamento B2B, controle de verbas comerciais, campanhas de incentivo e ações promocionais. Com foco em inovação e resultados, a Astéria oferece ferramentas integradas que otimizam a eficiência e a performance de seus clientes, garantindo automação, segurança e flexibilidade na gestão de operações complexas. Saiba mais em: https://www.asteria.com.br.

Betfair registra mais de R$ 2 bi em apostas na eleição americana

Donald Trump liderou as probabilidades durante a maior parte da corrida presidencial Enquanto os Estados Unidos se preparavam para conhecer o vencedor da eleição presidencial nesta terça-feira, 5, a Betfair, uma das maiores casas de apostas do mundo, ultrapassou a marca dos R$ 2 bilhões em apostas relacionadas à disputa. O valor representa a soma das apostas feitas nos diversos mercados relacionados ao pleito, em todos os países em que a Betfair opera. Apenas nas 24 horas de votação, mais de R$500 milhões de reais foram apostados globalmente. No Brasil, a contribuição desse volume foi de cerca de R$500 mil reais, com 70% das apostas brasileiras desta terça-feira feitas em Donald Trump. Durante praticamente toda a corrida presidencial, as odds da Betfair, no dia da eleição, indicavam Donald Trump como o grande favorito, com as cotações de 1.6 (60% de chance) – Kamala Harris, por sua vez, tinha odds de 2.5 (40% de chance). No entanto, já no fim do dia, as odds dadas pelos apostadores já registravam o favoritismo do ex-presidente: por volta das 23:00 desta terça o candidato chegou a odds de 1.3, cerca de 75% de chances.  Desde 2020, esta é a vigésima-terceira eleição global que a Betfair prevê o resultado das urnas corretamente, chegando a 92% de precisão nas previsões por meio de políticas. Sobre a Betfair Uma das maiores provedoras de apostas esportivas online do mundo, a Betfair é patrocinadora oficial da equipe do Cruzeiro e do Vasco da Gama. A empresa, fundada em Londres (ING) no ano de 2000, foi pioneira na oferta de apostas peer-to-peer (Betfair Exchange) e gerencia um conjunto completo de apostas esportivas, eventos de entretenimento e produtos de jogos on-line para mais de quatro milhões de clientes maiores de 18 anos em todo o mundo. Graças à sua tecnologia de ponta, a plataforma oferece um amplo catálogo de produtos que permite apostar com suas próprias cotas e cotas oferecidas por outros usuários. A Betfair está licenciada para operar apostas online e outros jogos em 19 países, incluindo Espanha, Itália, Malta e Grã-Bretanha. Jogue com responsabilidade.

Black Friday: 6 a cada 10 consumidores desistem de compra por causa do frete

Estudo realizado pela LWSA, aponta motivos de desistência de compra no e-commerce; além de frete, preço alto e baixa reputação da loja influenciam decisão. A Pesquisa de Intenção de Compras, realizada por Tray, Bling, Melhor Envio e Vindi, pertencentes à LWSA, ecossistema de soluções digitais para empresas, é o principal fator de decisão de compra dos consumidores na Black Friday, além de ofertas e confiabilidade na marca. Para 60% dos consumidores, o valor do frete é um fator decisivo na compra, sendo que 57% afirmaram que já desistiram de comprar devido ao frete alto.  Segundo o levantamento, quase 40% dos entrevistados não estariam dispostos a pagar um valor de envio mais caro para receber o seu produto com mais rapidez. Entre os pontos que fariam o consumidor desistir de comprar mesmo diante de uma boa oferta na Black Friday, além do frete, foram listados preços mais altos do que em períodos sem oferta (50%), não confiar na loja (45%), nota baixa em sites de reputação (43%), avaliações ruins nas redes sociais (42%) e desconto/oferta não ser atrativo o bastante para a Black Friday (40%).  De acordo com Vanessa Bianculli, gerente de Marketing do Melhor Envio, plataforma de fretes, os lojistas devem utilizar estratégias no período para convencer o consumidor a finalizar a compra. “Durante a Black Friday 2024, oferecer frete grátis para produtos específicos ou para compras acima de um determinado valor cria um incentivo irresistível para que os consumidores finalizem suas compras, aumentando o valor do carrinho”, afirma.  De acordo com ela, o empreendedor também deve mostrar seus diferenciais. “Destacar a rapidez da entrega como um diferencial competitivo, promovendo prazos de entrega curtos e cumprindo-os de forma consistente, é importante porque vai fazer aquele cliente criar uma impressão positiva e ficar propenso a comprar novamente na mesma loja”, diz.  Para Thiago Mazetto, diretor da Tray, plataforma de e-commerce, o consumidor está cada vez mais criterioso, o que demanda mais estratégia para o lojista nas ofertas. “”Com a consolidação da Black Friday no Brasil, os consumidores passaram a analisar de forma cada vez mais criteriosa as ofertas para o período, buscando comparar preços, conhecer a reputação da empresa em sites de venda, entre outros pontos antes de decidir pela compra. Isso ressalta a importância do lojista destacar claramente os diferenciais e benefícios que oferece, garantindo uma comunicação eficaz das vantagens associadas à compra para seu cliente. Além disso, a data demonstra a necessidade dos lojistas cultivarem bom relacionamento com seus clientes e boas avaliações ao longo do ano para que as suas ofertas sejam potencializadas pelo respeito adquirido pela sua marca.” analisa Thiago Mazeto, diretor da Tray. Mais de 60% pretende gastar até R$ 3 mil neste ano De acordo com o levantamento, 62% dos consumidores pretendem gastar até R$3 mil nas promoções, enquanto 64,3% planejam as compras, 44% têm guardado dinheiro nos últimos meses e 20,3% vão reservar parte do 13o salário para aproveitar as ofertas. Segundo o levantamento, 96% dos consumidores planejam fazer compras online na Black Friday 2024. Deles, 87% realizaram compras no mesmo período em 2023. Entre os produtos mais buscados, 51% afirmaram que devem comprar eletrônicos (Smartphone, computadores, TVs), 46% planejam a compra de roupas e 45% querem adquirir eletrodomésticos. Quanto a forma de pagamento, 75% dos consumidores preferem pagar com cartão de crédito, 23,2% com PIX e 83% pretendem parcelar as compras em até 12 vezes. A maior parte dos consumidores (75%) disse que pretende fazer compras para a Black Friday em  marketplaces, seguido por sites próprios das marcas.  *Para o estudo, a Opinion Box, a pedido da LWSA, entrevistou 3087 consumidores, com idade acima de 16 anos de todo o Brasil e de todas as classes sociais, entre 12 e 23 de setembro de 2024. A margem de erro da pesquisa é de 1,7 pontos percentuais. Sobre a LWSA A LWSA é um ecossistema de marcas integradas que oferece soluções digitais completas e modulares para empresas de todos os tamanhos. Nós fornecemos um amplo portfólio de produtos e serviços que auxiliam empreendedores desde o início de sua presença online até o aprimoramento do relacionamento com os clientes. Além disso, oferecemos soluções nas áreas de Commerce, Gestão e ERP, Serviços Financeiros e Presença Digital, tudo de forma integrada. Nosso foco é fornecer resultados mensuráveis e promover o crescimento sustentável para nossos clientes. Com uma equipe altamente capacitada e uma abordagem personalizada, estamos comprometidos em trazer a melhor solução para atender às necessidades exclusivas de cada negócio. Para mais informações, acesse.

Volta do X: as lógicas de mercado que se impuseram às decisões políticas de Musk

Volta do X: as lógicas de mercado que se impuseram às decisões políticas de Musk O X (antigo Twitter) voltou a funcionar no Brasil depois que a rede social do bilionário Elon Musk cumpriu as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF). Em decisão, o ministro Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira (8/10) a volta do funcionamento da rede social X no país, após a empresa formalizar sua reabertura no Brasil e cumprir decisões que vinham sendo desrespeitadas, como bloqueio de contas e pagamento de multas. O magistrado havia determinado a suspensão da rede social no país em 31 de agosto. A decisão veio após o esgotamento do prazo dado pelo STF para que a empresa comandada pelo bilionário sul-africano indicasse um novo representante legal no Brasil. Moraes já havia determinado o bloqueio de contas na rede social acusadas de divulgar mensagens criminosas ou antidemocráticas e, posteriormente, o pagamento de multas aplicadas por manter essas contas no ar. O X afirmou inicialmente que não seguiria as determinações, mas posteriormente voltou atrás. Os advogados que representam a plataforma no Brasil confirmaram na quinta-feira (19/9) que todas as decisões seriam cumpridas, com a indicação da advogada Rachel de Oliveira Villa Nova como representante legal e o bloqueio dos perfis indicados. Antes de autorizar o fim do bloqueio da rede social, Moraes pediu ainda uma comprovação da regularidade e da validade da representação. Ele também determinou que diversos órgãos, como a Receita Federal, o Banco Central, a Polícia Federal, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a própria Secretaria Judiciária do STF, prestassem esclarecimentos e compartilhassem informações sobre o funcionamento do X no país, o pagamento das multas e o acesso dos usuários bloqueados. Pressão econômica Após a confirmação da intenção de cumprir as decisões, especialistas apontaram que a mudança de posição do X foi provavelmente mais uma resposta à pressão de investidores, acionistas e anunciantes associados às empresas de Musk do que uma concessão política. “A decisão me parece muito mais econômica do que uma concessão política”, disse Roberto Kanter, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e especialista em empreendedorismo. O economista identificou uma “prepotência corporativa” que pode ter levado a plataforma a supervalorizar sua posição no Brasil quando, na realidade, as empresas de Musk tinham muito a perder no mercado local. Kanter destacou a Starlink, companhia de internet via satélite que também faz parte do portfólio do bilionário sul-africano. “A grande aposta econômica do holding é a Starlink, que foi afetada por todas as questões do X no Brasil”, afirmou. O fogo cruzado entre Musk e o STF respingou no outro negócio do bilionário sul-africano depois que a Starlink teve suas contas bancárias bloqueadas no Brasil para garantir o pagamento das multas direcionadas ao X pelo descumprimento das decisões judiciais. Os fundos foram liberados após a quitação, mas a empresa de satélites também foi colocada sob pressão após o surgimento de rumores sobre o seu bloqueio no país por não cumprir as ordens de Moraes para impedir que seus clientes pudessem acessar o X a partir das suas conexões via satélite. A Starlink acabou cumprindo as decisões judiciais, mas o mero receio de que a companhia pudesse ser tirada do ar no Brasil deixou clientes e especialistas preocupados. A empresa também foi afetada por uma nova multa emitida por Moraes, de R$ 5 milhões por dia, por conta do descumprimento temporário do bloqueio ao X após uma mudança de servidores. Em pouco mais de dois anos de operação, a Starlink se transformou em líder em um segmento pequeno, mas estratégico no setor de telecomunicações do país: o de internet via satélite. Foto: Rosinei Coutinho/STF, Getty, Reuters via BBC Neste período, a empresa passou a ser fornecedora de importantes órgãos públicos do governo federal como o Exército, a Marinha, os ministérios da Saúde e Educação além da gigante Petrobras. “A Starlink oferece um serviço totalmente diferente do X, altamente tecnológico, e foi arrastada para tudo isso com o bloqueio dos seus bens”, disse Bruna Santos, da Digital Action, uma organização global que advoga por melhores padrões digitais dos governos e das Big Tech. Segundo a especialista, Musk arrastou suas empresas para uma disputa de sua esfera pessoal, o que provavelmente desagradou seus acionistas. Advogados de fundos de investimento que têm negócios com o magnata afirmaram ao jornal Correio Braziliense sob condição de anonimato que o descumprimento das decisões judiciais pelo X abriu as portas para uma retração nos investimentos e afastamento de novos interessados, gerando desconforto e pressão para uma mudança de posição. Ainda de acordo com uma das fontes, o bloqueio da rede social no Brasil e a instabilidade em torno da continuidade dos serviços da Starlink reforçou a posição de competidores das empresas de Musk no país. A rede social Bluesky, que tem funções semelhantes à plataforma do bilionário sul-africano, ganhou 2 milhões de novos usuários no país nos três primeiros dias após o X parar de funcionar. Muitos usuários também relataram ter migrado para o Threads, outro aplicativo concorrente de propriedade da Meta. Bluesky ganhou 2 milhões de novos usuários no país nos três primeiros dias após o bloqueio do X — Foto: Getty Images via BBC. FONTE: G1

Demanda por crédito no Brasil cai 5% em agosto

Demanda por crédito no Brasil cai 5% em agosto Levantamento realizado pela Neurotech mostrou baixo desempenho do Varejo em todas as categorias, na comparação com o mesmo período de 2023. A demanda por crédito no Brasil recuou 5% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços. Já em relação ao mês anterior, julho de 2024, houve um crescimento de 6%, com bom desempenho do setor financeiro, que teve alta de 19%.  No apanhado anual, por segmento, apenas o setor de Serviços apresentou crescimento, de 2%. Varejo (-11%) e o setor financeiro (-3%) seguiram em queda. “Quando observamos o desempenho abaixo do esperado no varejo em todos os meses de 2024, até o momento, percebemos que há um sentimento de receio muito forte entre os consumidores brasileiros, considerando que historicamente este é o setor de maior influência no índice. As expectativas de crescimento da taxa de juros, sem dúvidas, estão entre os principais fatores que contribuem”, analisa Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech e responsável pelo indicador. Dentro do segmento varejista, todas as categorias apresentaram queda em relação a agosto de 2023. Em ordem de retração, da maior para a menor, o ranking ficou assim: Vestuário (-52%), EletroMóveis (-21%), Lojas de Departamento (-15%), Outros (-7%) e Supermercado (-3%). Já na comparação com julho deste ano, em que o Varejo apresentou crescimento de 12%, o único resultado negativo foi registrado na categoria Vestuário, que teve queda de 10% na demanda por crédito. A categoria Lojas de Departamento registrou crescimento de 33%, seguida de Supermercado (+11%), EletroMóveis (+8%) e Outros (+8%).   Sobre o INDC O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) abrange um universo de empresas, instituições financeiras e varejistas e mensura o apetite do brasileiro pelo crédito. Nem todas as milhões de consultas mensais registradas se transformam em concessão de crédito, pois o processo depende de fatores como o perfil da pessoa que está fazendo a solicitação, o apetite ao risco da financeira e se há ou não indícios de fraude. Sobre a Neurotech A Neurotech é uma empresa B3 especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data que transformam um mundo de dados dispersos em informações relevantes para que as empresas obtenham resultados expressivos, prevendo novas oportunidades de negócios. Com uma bagagem de mais de 20 anos e expertise em Inteligência Artificial, Analytics e Ciência de Dados, a Neurotech já implantou mais de 1.000 soluções que ajudaram gestores e empresas a transformarem dados em melhores decisões nos mercados de crédito, varejo, seguros, financeiro, saúde e telecom. Saiba mais em https://www.neurotech.com.br/

PESQUISA AMCHAM APONTA OTIMISMO DE EMPRESÁRIOS PARA 2024

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A pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024” registrou 775 participantes Os empresários brasileiros estão otimistas sobre os resultados dos seus negócios para 2024 e indicam como prioridades para o governo o equilíbrio fiscal, a regulamentação da reforma tributária e a segurança jurídica. É o que revela pesquisa inédita da Amcham Brasil, com 775 líderes empresariais, lançada nesta segunda (5/2), em encontro da entidade na sede da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.A pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024”, conduzida entre 3 e 18 de janeiro, entrevistou principalmente CEOs, sócios e diretores de grandes e médias empresas em todo o Brasil. Entre os participantes, 93% esperam crescimento nas receitas de suas empresas neste ano, sendo que quase metade deles projeta aumento acima de 15%. O resultado positivo decorreria de aumento de vendas no mercado interno (72%), maior capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganho de eficiência ou redução de custos (49%), entre outros motivos. Entre as principais medidas esperadas em relação ao governo para o crescimento da economia estão o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo (62%), bem como a segurança jurídica e redução da burocracia (62%). “A pesquisa demostra que o setor empresarial está confiante no desempenho dos seus negócios em 2024. Esse tom positivo reflete a evolução dos indicadores econômicos ao longo do ano passado e vem acompanhada de uma sinalização inequívoca sobre a importância de responsabilidade fiscal e avanços no ambiente de negócios”, aponta Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, entidade que representa 1/3 do PIB brasileiro. PRIORIDADES E IMPACTO DA REFORMA TRIBUTÁRIA A sondagem perguntou quais áreas devem ser priorizadas pelo governo federal neste segundo ano de mandato. Entre 14 opções listadas, as mais citadas pelos empresários foram: Política Econômica (79%); Infraestrutura (54%); Empregos (53%); Inovação e Tecnologia (49%); e Política Industrial (46%). Sobre o impacto da reforma tributária sobre o consumo, 41% dos respondentes disseram esperar impactos muito positivos ou positivos. Para 35%, os efeitos da reforma seriam neutros, no sentido de que ainda não estariam claros o suficiente. Já para 21% a avaliação é negativa ou muito negativa. “A maior fatia dos participantes antecipa efeitos favoráveis da reforma tributária sobre os seus negócios. No entanto, uma parcela considerável de 35% está em compasso de espera, aguardando maior clareza sobre o alcance e a forma de aplicação das novas regras para avaliar os seus impactos. É por isso que a regulamentação da reforma aparece como uma das principais demandas em relação à agenda econômica do governo para o ano”, comenta Abrão Neto.   EXPECTATIVAS SOBRE O CENÁRIO EXTERNO A percepção das empresas é que os fatores externos que mais podem afetar a economia e os negócios em 2024 são: Disputas geopolíticas e conflitos internacionais (61%); Políticas econômicas das demais economias mundiais (58%); Flutuações no mercado global de commodities (55%); e Liquidez internacional e os fluxos de investimentos (33%).   ELEIÇÕES NOS ESTADOS UNIDOS A sondagem da Amcham revela que 71% dos executivos brasileiros avaliam como alto ou médio o impacto sobre o Brasil das eleições presidenciais nos Estados Unidos, prevista para 5 de novembro deste ano. Apenas 23% acreditam que o Brasil será pouco ou nada afetado pelo resultado desse pleito. Perguntados sobre as prioridades entre o Brasil e os Estados Unidos para 2024, quando se comemoram os 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países, os temas mais relevantes foram:   Comércio e investimentos (75%);  Tecnologia e Inovação (65%); Educação e Mão de Obra (41%); Cooperação Política (38%); e Energia, incluindo renováveis (30%).  PESQUISA COMPLETA A íntegra da pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024” pode ser acessada aqui. A pesquisa, aplicada entre os dias 3 e 18 de janeiro, teve o objetivo de capturar o sentimento das lideranças empresariais em relação a temas relevantes da economia e da política para o ano de 2024. A sondagem teve a participação de 775 empresários, de todas as regiões do Brasil e de todos os grandes setores da economia. A maioria dos respondentes é de alto executivos, de grandes e médias empresas, que, somadas, geram mais de 600 mil empregos e possuem um faturamento estimado superior a R$ 660 bilhões.