Retorno ao trabalho presencial desafia retenção de talentos, aponta especialista em recrutamento

Retorno ao trabalho presencial desafia retenção de talentos, aponta especialista em recrutamento Pesquisa da KPMG revela que 83% dos CEOs esperam a volta total ao escritório nos próximos três anos. A 10ª edição da pesquisa KPMG CEO Outlook revelou que 83% dos CEOs esperam um retorno total ao escritório nos próximos três anos, expectativa que desafia o cenário atual do mercado de trabalho, especialmente no setor de tecnologia, onde a flexibilidade e o trabalho remoto são altamente valorizados. Uma das estratégias das lideranças para incentivar a volta é a oferta de aumentos salariais, promoções ou novas responsabilidades. De acordo com a pesquisa da KPMG, 87% dos CEOs planejam recompensar os funcionários que retornarem ao escritório. Gustavo Salles, especialista em recrutamento há uma década, alerta que essa estratégia pode ser insuficiente para reter os profissionais habituados ao trabalho remoto. “Se a empresa não for transparente sobre suas expectativas, pode gerar insatisfação e levar talentos a buscarem outras oportunidades que ofereçam a flexibilidade que valorizam”, afirma. Para Salles, a preferência das lideranças pelo modelo presencial não deve ser vista como uma regra rígida, mas sim como uma estratégia que pode variar conforme o perfil das equipes e os objetivos da empresa. “Muitos CEOs e clientes estão percebendo uma queda de produtividade em equipes compostas por profissionais mais jovens e menos experientes, para quem o contato diário com os colegas e mentores faz uma diferença enorme na curva de aprendizado”, explica. O especialista destaca que o ambiente presencial facilita a troca de conhecimento, a integração das equipes e o desenvolvimento profissional. “Para talentos em início de carreira, a presença física no escritório proporciona um aprendizado mais rápido e mais conexão com a cultura da empresa”, acrescenta. Apesar da grande expectativa pelo retorno total, Salles acredita que o modelo híbrido é a melhor solução para muitas empresas, pois equilibra a necessidade de flexibilidade dos colaboradores com as demandas de produtividade e colaboração. “A flexibilidade é, para muitos profissionais, o benefício mais importante. Empresas que insistirem no trabalho 100% presencial podem perder talentos para aquelas que oferecem um modelo mais equilibrado”, avalia. Além das questões de flexibilidade, o levantamento também destacou a preocupação dos CEOs com a escassez de profissionais qualificados e a aposentadoria iminente de talentos experientes. Para o especialista, a solução está na capacitação contínua e no desenvolvimento de novos profissionais. “Investir em programas de formação desde o início é essencial para preparar talentos para o mercado e evitar a dependência excessiva de profissionais sêniores, que muitas vezes são atraídos por oportunidades internacionais”, ressalta. Com 92% dos CEOs projetando um aumento de contratações nos próximos anos, Salles observa uma tendência de busca por qualidade e especialização, em vez de apenas volume. “As empresas estão se tornando mais criteriosas, focando na contratação de profissionais que possam agregar valor e ajudar a construir uma equipe sólida para o futuro”, conclui.

Cinco dicas para quem quer mudar de carreira ainda em 2024

Cinco dicas para quem quer mudar de carreira ainda em 2024 Especialista da Escola DNC mostra como começar a se preparar para fazer uma transição de área nos últimos meses do ano. De acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), 72% dos brasileiros sentem estresse no trabalho e 32% sofrem de burnout. Diante desse cenário, é crucial refletir sobre a importância da transição da área de atuação nos dias atuais, já que é um movimento que pode transformar positivamente a vida profissional de uma pessoa. Segundo Ana Carvalho, líder de Customer Success (CS) da Escola DNC, essa decisão exige análise e preparação, mas não deve ser protelada. “Com o fim de 2024 se aproximando, aqueles que querem seguir novos rumos precisam começar a se preparar agora”, diz. Para ajudar as pessoas que estão nesse momento da vida, a especialista listou cinco dicas de como trocar de área ainda este ano. Confira: O primeiro passo para mudar de carreira é entender o que está por trás desse movimento. Por isso, é importante refletir sobre motivações pessoais e satisfação profissional para que não se tome uma decisão por impulso.  Para Ana, conversar com profissionais de outras áreas e fazer testes vocacionais pode ajudar quem ainda está com dúvida de qual passo dar. “Uma transição de área pode acontecer porque há um desejo por mais reconhecimento, flexibilidade no dia a dia ou até para se afastar de um ambiente tóxico. Todos são motivos válidos, mas é importante identificá-los para você entender qual é a sua aspiração real”, afirma.  Mudar de área é um processo que envolve muito estudo e preparação. Por essa razão, a organização e o entendimento de como encaixá-la na rotina é fundamental.  A especialista reforça essa questão no que diz respeito à condição do emprego em que a pessoa está naquele momento. “Se estamos falando de alguém que não pode ficar sem trabalho, a recomendação é avaliar se a função atual interfere na transição ou buscar vagas em outras empresas no mesmo setor, mas que possam, no futuro, facilitar esse processo de migração de carreira. Se não houver impacto, é possível continuar trabalhando durante a mudança”, explica. Para identificar as melhores oportunidades de transição de carreira, acompanhar o mercado e as tendências também é imprescindível. A líder de CS da Escola DNC cita o LinkedIn como uma boa ferramenta para observar o cenário e avaliar se as próprias habilidades atendem às demandas da área.  “Estudar sobre a área que deseja migrar ajuda a esclarecer pontos como viabilidade e segurança da vaga, além de mostrar possíveis habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas, e que talvez tornem a migração difícil a um nível que a pessoa não esteja disposta a fazer”, pontua. O avanço tecnológico e a digitalização de processos têm promovido uma série de mudanças no mercado que não podem ser deixadas de lado por quem quer trocar de área. “O próprio setor de tecnologia é um dos segmentos mais aquecidos do momento, e deve continuar assim. Então, entender as novas profissões e ferramentas que elas utilizam pode trazer um embasamento ainda maior àqueles que aspiram uma transição de carreira”, enfatiza a especialista. Com a crescente demanda por profissionais qualificados devido às novas tecnologias, também há uma oportunidade significativa para quem se capacitar adequadamente. Por essa razão, o aprendizado em diferentes habilidades é um fator de peso quando o assunto é transição de área. “Hoje, profissionais com soft skills, como comunicação e resolução de problemas, estão cada vez mais valorizados. Se essas competências forem combinadas a hard skills, a mudança e adaptação a uma nova carreira se torna ainda mais tranquila”, conclui Ana.

Setor financeiro é um dos que mais usa IA no Brasil

Setor financeiro é um dos que mais usa IA no Brasil Pesquisa aponta que 65% das empresas estão ampliando seus orçamentos destinados à tecnologia. O uso de plataformas de Inteligência Artificial (IA) tem avançado de forma significativa no Brasil. Segundo pesquisa da consultoria global de estratégia e gestão, Oliver Wyman, 57% dos brasileiros já utilizaram essa tecnologia. O percentual posiciona o país à frente de nações como Espanha (46%), França (43%) e Itália (42%).  No mercado de trabalho, o levantamento revela que a implementação de IA é mais expressiva entre os setores de tecnologia, sendo usada por 83% dos profissionais entrevistados, mídia e entretenimento (81%) e serviços financeiros (75%). Nas finanças, a IA pode ser aplicada em tecnologias que aumentam a segurança, como a biometria facial, e naquelas que personalizam serviços bancários, como os chatbots. A consultoria Juniper Research projeta que, até 2028, os investimentos globais em chatbots devem alcançar US$ 72 bilhões. Esse cenário de crescimento é refletido na disposição das empresas em investir ainda mais em IA, com 65% dos negócios ampliando seus orçamentos para essa tecnologia, de acordo com o estudo “Estudo Talent Trends 2024” da Randstad.  O diretor brasileiro de Talent Solutions, Diogo Forghieri, explica que esse panorama ilustra como os líderes e as empresas estão se ajustando à transformação digital, maximizando o potencial da tecnologia, dos dados e das pessoas, fundamentais para o sucesso dos negócios. A mentalidade de inovação pode ser vista em iniciativas como a da Amazon, que anunciou no último ano um investimento de US$ 4 bilhões na startup Anthropic, visando fortalecer sua posição no mercado de IA.  Além dela, a Microsoft também revelou recentemente um plano de investimento de R$ 14,7 bilhões ao longo de três anos, focado em infraestrutura de nuvem e IA para acelerar o desenvolvimento da inovação no Brasil. A empresa informa que oferecerá treinamento em larga escala para capacitar cinco milhões de pessoas. Como implementar a IA nas organizações? Empresas que buscam aderir à IA em seus processos têm a opção de formar equipes internas ou partir para a terceirização de desenvolvimento de sistemas, delegando essa função a especialistas enquanto concentram seus recursos em iniciativas estratégicas. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indica que o primeiro passo para a sua implementação é desenvolver um planejamento, avaliando as atividades e os processos da empresa e identificando os pontos que podem ser aprimorados. Em seguida, é importante realizar um mapeamento dos processos para entender as necessidades dos negócios, verificando quais setores se beneficiaram dos recursos de IA. Já o terceiro passo consiste na preparação dos dados para o treinamento dos modelos de redes neurais, que ensinam computadores a analisá-los de maneira semelhante ao funcionamento do cérebro humano. O Sebrae aponta ainda que, para a tecnologia desempenhar sua função de forma eficiente, é necessário treinar os algoritmos com a análise de uma base de dados de alta qualidade, conforme os modelos neurais, com o intuito de identificar inconsistências. Aprimoramento dos processos e automatização do fluxo entre os benefícios Entre os entrevistados pela pesquisa da Randstad, 33% apontaram que a implementação de IA tem como resultado o aprimoramento da eficiência e da consistência nos processos. A tecnologia também possibilita a automatização do fluxo de trabalho, respondida por 31%, visto que a redução de tarefas repetitivas permite disponibilizar mais tempo para atividades estratégicas. Além disso, os entrevistados indicaram benefícios como a identificação de funcionários com habilidades específicas (30%), que pode acontecer a partir do uso de algoritmos para mapear talentos, o direcionamento dos colaboradores para projetos estratégicos (30%) e o aumento da capacidade de expansão dos negócios (30%) O Sebrae também destaca que a empresa que utiliza a IA a seu favor pode usufruir do crescimento da produtividade, aumentar a satisfação das demandas do seu público, diminuir os esforços para conquistar metas e obter maior lucratividade.

Ansiedade causada por preocupação intensa é constante nas empresas

Ansiedade causada por preocupação intensa é constante nas empresas De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 52% dos trabalhadores brasileiros sofrem no ambiente de trabalho. Falta de espaço para expressão, estresse, ansiedade e carga excessiva de tarefas. Essas têm sido algumas das características mais comuns de insegurança psicológica relatadas por profissionais de diferentes áreas no Brasil. Segundo uma pesquisa do ADP Research Institute, 67% dos trabalhadores brasileiros relatam que sua atividade é a principal fonte de estresse em suas vidas. A ansiedade, caracterizada por preocupação intensa e persistente, é uma condição constante nas corporações. De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 52% dos trabalhadores brasileiros sofrem de ansiedade no ambiente de trabalho. Além disso, 47% falam sobre cansaço frequente, enquanto 22% e 21% mencionam desânimo e frustração como seus principais sentimentos. A falta de empatia nas organizações é considerada um problema significativo por 89% dos colaboradores. Muitos desses desafios estão relacionados às necessidades não atendidas. Por sua vez, quando essas demandas são supridas, surgem sentimentos de despreocupação, segurança, calma e realização, segundo a pesquisa. Diante disso, o investimento em segurança psicológica e saúde mental tem se mostrado uma urgência no mundo corporativo, especialmente na área de Recursos Humanos, uma vez que pode trazer impactos na produtividade e satisfação no trabalho. Para a diretora de Recursos Humanos (RH) da Embracon, Brenda Donato, investir na segurança psicológica é pensar na longevidade de uma empresa. “Quanto mais tornarmos clara essa cultura, da maneira como as pessoas entregam os resultados do time, mais ambientes saudáveis a gente vai ter e maior será a relação de sustentabilidade do negócio”, comenta. Ela observa que, embora muitas corporações apresentem bons resultados, os funcionários frequentemente terminam o dia exaustos e adoecidos. “A saúde mental se tornou uma questão central nas empresas. Isso não implica que os resultados não estão sendo alcançados, mas, sim, que estão sacrificando a saúde de muitas pessoas. Esse é um ponto crucial que deve ser abordado nas organizações”, enfatiza. Líderes como parte da equipe A pesquisa da Aberje revela, ainda, que os colaboradores frequentemente se sentem mais conectados aos colegas próximos do que à liderança da empresa. Essa realidade deve ser um ponto de atenção, incluindo o papel e as dificuldades enfrentadas também pelo líder, destaca Brenda. “Hoje, com o conceito de segurança psicológica, entendemos que o líder faz parte do time. Isso reduz a expectativa de que o líder deve ter todas as respostas e saber de tudo”, explica. “Líderes também enfrentam desafios, crises e pressão. Se os colaboradores fornecerem feedbacks adequados, a relação se fortalecerá e haverá mais abertura”, completa. Nesse contexto, o departamento de RH desempenha um papel crucial ao analisar as relações interpessoais. A segurança psicológica, quando aplicada de maneira eficaz, não se traduz em criar um ambiente sempre confortável. Em vez disso, envolve reconhecer que o verdadeiro progresso e as mudanças sustentáveis surgem do enfrentamento de desafios. “Eu diria que hoje precisamos de RH corajoso para discutir temas importantes e difíceis, facilitando esses caminhos de discussão, e que entendam que segurança psicológica não é sobre um ‘lugar quentinho’, mas que é do desconforto que geramos mudanças efetivas”, afirma. Desafio de inovação Para exemplificar como grandes oportunidades surgem dos desafios, Brenda destaca um caso da sua própria equipe. O desafio era criar um time dedicado a promover a cultura de inovação na empresa. Em vez de apenas implementar áreas e processos superficiais, o objetivo era construir uma estrutura estratégica de longo prazo para realmente fomentar essa visão. “Ao explorar o assunto, descobrimos variáveis que nos ajudaram a formular hipóteses sobre a falta de envolvimento e engajamento dos funcionários na criação de inovações e automação. Percebemos que esses esforços estavam centralizados nas áreas de tecnologia e processos, sem uma disseminação eficaz pela organização. Esse insight nos levou a investigar questões relacionadas ao incentivo da liderança e ao comportamento das equipes, e foi assim que chegamos ao conceito de segurança psicológica”, explica. Como resultado, foi realizado um diagnóstico com o time mais sênior do RH. Brenda observa que o feedback revelou uma realidade negativa já existente na corporação. “Isso fez com que o time experimentasse diretamente o trabalho de segurança psicológica e aprendesse como engajar a equipe”, destaca. Brenda conclui destacando a importância de ter um ambiente adequado para a implementação de novos conceitos. “Sem um preparo adequado, há o risco de o conceito não ser compreendido corretamente, e pode acabar sendo percebido mais como uma ameaça do que como uma ferramenta eficaz para impulsionar a inovação”, finaliza.

Até 2025 IA deve criar até 97 milhões de novos empregos

 Até 2025 IA deve criar até 97 milhões de novos empregos A Coursera, lançou um novo relatório destacando o uso crescente de micro credenciais, ou credenciais digitais, por instituições acadêmicas em todo o mundo. A pesquisa mostra que as universidades estão cada vez mais complementando os programas de graduação tradicionais com micro credenciais específicas da indústria para produzir graduados prontos para o trabalho e aprimorar o crescimento profissional tanto de ex-alunos quanto de docentes. O relatório, baseado em um estudo com mais de 1.000 líderes de educação superior—incluindo reitores, pró-reitores e lideranças educacionais representando mais de 850 instituições em 89 países—destaca o papel das micro credenciais na formação do futuro da educação. Com a Coursera oferecendo mais de 125 certificados profissionais, a plataforma continua a atender 155 milhões de alunos globalmente, apoiando instituições acadêmicas na preparação de estudantes para o mercado de trabalho em evolução. Segundo o relatório, 75% dos líderes de educação superior entrevistados na região da América Latina e Caribe acreditam que os alunos têm mais chances de se matricular em programas que oferecem crédito acadêmico por credenciais reconhecidas pela indústria. Além disso, 90% concordam que os graduados que obtêm essas credenciais estão melhor preparados para o mercado de trabalho, e todos concordam que elas desempenham um papel fundamental em fortalecer os resultados de carreira a longo prazo para os estudantes. Esse sentimento é compartilhado pelos próprios estudantes, com 97% dos alunos na América Latina e Caribe afirmando que obter um Certificado Profissional os ajudaria a se destacar para os empregadores e conseguir um emprego ao se formarem. Apesar desse entusiasmo, o relatório revela que apenas 46% das instituições na região da LATAM oferecem atualmente micro credenciais para crédito acadêmico. No entanto, a perspectiva é positiva, com 71% dos líderes entrevistados na LATAM planejando incorporá-las em seus currículos nos próximos cinco anos. A pesquisa também destaca os principais desafios para a adoção de micro credenciais. Os líderes citam a falta de conscientização (50%), dificuldades na integração das micro credenciais nos currículos existentes (45%) e incertezas sobre a qualidade das micro credenciais (35%) como principais barreiras. “As instituições de educação superior precisam trabalhar em estreita colaboração com governos e líderes da indústria para garantir que seus currículos atendam às necessidades em mudança da força de trabalho atual”, disse Marni Baker, Diretora de Conteúdo da Coursera. “Ao integrar treinamento de habilidades relevantes e micro credenciais em seus cursos, as universidades podem equipar os alunos com as competências necessárias para as carreiras futuras. Agora, mais do que nunca, as instituições precisam abraçar as micro credenciais para fornecer aos estudantes os recursos que precisam para desbloquear novas oportunidades de carreira.”

Pix força empresas a adaptarem suas ofertas de métodos de pagamento

Pix força empresas a adaptarem suas ofertas de métodos de pagamento Com projeção de atingirem 50% do setor de pagamentos até 2027, métodos chamam atenção por conta de sua praticidade e taxas reduzidas, sendo utilizadas pela maioria das plataformas de e-commerce do país. Praticamente sinônimo de transação comercial, o termo “faz um Pix” já está enraizado no jargão popular, essa opção de pagamentos representa uma importante fatia do mercado brasileiro. Pertencente aos denominados “métodos A2A” (conta a conta, na tradução em português), a categoria é uma verdadeira tendência no Brasil e na América Latina, com o estudo The Global Payments Report 2024 apontando que, até 2027, 50% do setor de pagamentos nacional será englobado por ela. Dessa maneira, as empresas, principalmente de comércio eletrônico, enfrentam o desafio de adaptarem suas plataformas para tê-la. Para se ter uma ideia, o estudo E-commerce Trends 2025 aponta o Pix como favorito por 87% dos usuários do e-commerce. Além disso, um levantamento do Confi.Neotrust aponta que o método de pagamento movimentou cerca de R$ 32 bilhões no segmento em 2023. “Se formos reparar, a história das transações comerciais no Brasil e na América Latina é marcada pela digitalização e adoção de opções cada vez mais digitais. Tanto isso é verdade que um dos métodos mais tradicionais para se adquirir algo, o dinheiro em espécie, está ficando escasso. Dados do Banco Central apontam que a circulação de papel moeda caiu 8% nos três anos de existência do Pix”, explica Walter Campos, gerente geral da Yuno, orquestradora global de pagamentos. Dessa maneira, o lojista que não disponibiliza o Pix para seus usuários corre o risco de perder vendas e ficar para trás, vendo o cliente ir para os concorrentes. Recentemente, um estudo da Opinion Box apontou que 78% dos consumidores do e-commerce costumam abandonar seus carrinhos online. Desse total, 13% alega não conseguir completar suas compras por conta da falta do seu método de pagamento favorito. “Com a revolução digital que estamos vendo, não se adaptar às novas necessidades gera muitos prejuízos e perda de receita. O estudo The Global Payment 2024 aponta que as opções mais utilizadas no Brasil são o cartão de crédito, que representa atualmente 26% do setor, e o Pix, com 29%. Com isso, é praticamente obrigatório aos varejistas contar com eles em seu checkout”, pontua Walter Campos. Contudo, mesmo com tamanho sucesso do Pix, o executivo recomenda aos lojistas que mantenham o maior número de métodos de pagamento possíveis em sua plataforma, pois essa é uma forma de englobar um contingente maior de consumidores. “É um erro achar que o checkout deve ter somente aquela opção mais popular. Isso porque as pessoas escolhem a forma de pagar de acordo com suas necessidades. Por exemplo, alguém que costuma parcelar por seus produtos tende a escolher o cartão de crédito, assim como aqueles que optam pelas carteiras digitais porque podem ser acessados até mesmo por smartwatches”, recomenda Walter Campos. Sendo assim, para ter um checkout completo e que agrade a todos os tipos de clientes, o profissional recomenda que os lojistas online adotem soluções como a orquestração de pagamentos, tecnologia em que, por meio de um clique, o varejista consegue habilitar as opções que mais deseja sem burocracia. “Enquanto da forma tradicional, negociando método por método, se leva mais ou menos 52 semanas para integrar tudo, com essa tecnologia a resolução se dá entre 2 e 6 semanas. Além disso, a gestão é mais simples, já que as informações ficam todas em uma única tela”, aponta Walter. O profissional também chama a atenção para outras vantagens da orquestração de pagamentos. “A tecnologia oferece melhores taxas de aprovação, já que a compra passa por diferentes provedores. Então, caso a aquisição seja recusada em um deles, o sistema redireciona para um outro caminho, de preferência com menores taxas, o que aumenta as chances de sucesso e gera economia de custos. Além disso, por trabalharem com os melhores antifraudes do mercado, deixam o comércio eletrônico mais seguro em relação aos golpes mais comuns”, finaliza Walter Campos.

Gestão de riscos pode trazer mais longevidade para empresas familiares

Gestão de riscos pode trazer mais longevidade para empresas familiares Sucessão familiar, conflitos entre herdeiros e a falta de planejamento estratégico podem ser motivos até para encerramento de atividades de empresas familiares. A gestão de riscos e a assessoria jurídica podem mitigar e solucionar essas questões. As empresas familiares representam a espinha dorsal da economia brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas no Brasil têm perfil familiar, sendo responsáveis por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) e empregando 75% da força de trabalho no País. No entanto, a longevidade dessas empresas enfrenta desafios significativos. Um estudo do Banco Mundial aponta que apenas 30% das empresas familiares chegam à terceira geração, e apenas 15% conseguem sobreviver a essa fase. Nesse contexto, a assessoria jurídica e a gestão de riscos desempenham um papel crucial para garantir a perenidade dessas empresas. “A ausência de uma gestão jurídica adequada pode expor as empresas a riscos que ameaçam sua continuidade”, afirma Sandro Wainstein, advogado especialista em gestão de riscos. “Questões como sucessão familiar, conflitos entre herdeiros e a falta de planejamento estratégico tornam-se armadilhas para empresas que não possuem o suporte adequado”, complementa. A assessoria jurídica ajuda a estruturar as empresas para, por exemplo, enfrentar momentos de transição e evitar conflitos internos que possam comprometer o negócio. “Muitas vezes, o problema não é apenas financeiro ou administrativo, mas jurídico. Uma consultoria especializada pode ajudar a prevenir litígios e a resolver disputas familiares antes que se tornem insolúveis”, explica Wainstein. Além disso, a gestão de riscos permite que as empresas identifiquem potenciais ameaças, sejam internas ou externas, e criem planos para mitigá-las. Isso se torna ainda mais relevante no caso das empresas familiares, onde as emoções e as dinâmicas pessoais podem influenciar as decisões de negócios. “Para que as empresas familiares continuem a prosperar e a contribuir para a economia nacional, é importante que se invista em assessoria jurídica de qualidade e gestão de riscos eficaz, garantindo assim que possam atravessar gerações de forma sólida e segura”, finaliza Wanstein.

E-commerce brasileiro corresponde por 9% do varejo total no país

E-commerce brasileiro corresponde por 9% do varejo total no país Com crescimento acelerado nos últimos anos, o setor continua impulsionado pelo crescente uso de smartphones e pelo sucesso do Pix, abrindo caminho para novas oportunidades no mercado digital, de acordo com a FTI Consulting. A edição brasileira do Relatório de varejo on-line de 2024, desenvolvido globalmente pela FTI Consulting sobre tendências em comércio eletrônico, destaca que o comércio eletrônico brasileiro tem grande potencial de expansão. Embora o pico das vendas online tenha ocorrido durante a pandemia de 2020, com um aumento de 30%, o setor continuou a crescer a um ritmo mais rápido do que o varejo offline desde 2019. No entanto, o aumento do endividamento das famílias, que atingiu 48% do rendimento anual, impactou o crescimento do varejo online e físico nos últimos anos. Apesar desses desafios, o mercado de comércio eletrônico no Brasil continua promissor, respondendo atualmente por 9% do total das vendas no varejo. Esse número, embora expressivo, ainda está abaixo de mercados mais maduros, como Estados Unidos, China e países europeus, além de vizinhos latino-americanos, como México (14%) e Chile (11%). Isto demonstra o espaço considerável para expansão à medida que mais consumidores preferem as compras online. Um dos principais fatores que impulsionam esse crescimento é o uso de smartphones como meio preferencial de compras online no Brasil. Em 2023, 55% das compras online foram realizadas através de smartphones, consolidando este dispositivo como uma ferramenta essencial para o e-commerce. Empresas como o Magazine Luiza, que ampliou sua rede de distribuição para 22 centros e 206 unidades de cross-docking, mostram como grandes players estão investindo em logística para atender essa crescente demanda. Além disso, o Mercado Livre, que opera com 97% de seus vendedores sendo terceirizados, conquistou a maior participação de mercado (14,2%). Setores como a moda e a beleza têm registrado um crescimento significativo, acompanhando a popularidade dos eletrodomésticos e da tecnologia. Regionalmente, o Sudeste lidera em número de compradores online, favorecido por uma infraestrutura mais avançada e maior familiaridade tecnológica. Contudo, regiões como Norte e Nordeste têm apresentado grande potencial de crescimento. O desenvolvimento de infra-estruturas públicas e a melhoria das condições económicas nestas regiões podem acelerar a adoção do comércio electrónico, criando novas oportunidades para as empresas locais e para os principais players expandirem as suas operações. O comércio eletrônico brasileiro também se beneficia de uma população jovem e cada vez mais conectada. A classe com rendimentos mais baixos, que representa cerca de 13% dos consumidores online, ainda tem uma participação limitada, mas espera-se que esta tendência mude à medida que o poder de compra destas pessoas aumente e que mais gerações tecnológicas se tornam consumidores mais influentes. Atualmente, 34% dos consumidores online estão na faixa etária de 35 a 44 anos, o que sugere um futuro promissor para a indústria. Outro fator que fortalece o comércio eletrônico no Brasil é o uso crescente de soluções de pagamento digital. O Pix, criado pelo Banco Central, já é o segundo meio de pagamento mais utilizado no comércio eletrônico, atrás apenas dos cartões de crédito e débito. Além de aumentar a inclusão financeira, permitindo que mais consumidores participem do comércio digital, o Pix tem se mostrado uma alternativa atrativa para quem não tem acesso ao crédito. Segundo o Instituto Locomotiva, 81% dos brasileiros possuem conta em banco. Vale destacar que o mercado de comércio eletrônico no Brasil ainda é bastante fragmentado se comparado a mercados como os Estados Unidos, o que abre oportunidades para fusões e aquisições que podem consolidar o setor nos próximos anos. Empresas como Mercado Livre e Magazine Luiza têm investido em parcerias estratégicas para se destacar. Um exemplo é a parceria entre Mercado Livre e Disney, que oferece aos assinantes do Mercado Livre Premium acesso ao serviço de streaming Disney Plus. O crescimento do comércio eletrônico também poderá ser impulsionado pelo uso de novas tecnologias, como inteligência artificial e automação logística, otimizando processos e melhorando a experiência de compra. Empresas líderes já estão implementando a automação para otimizar as entregas e personalizar a experiência de compra, consolidando o e-commerce como uma alternativa cada vez mais eficiente ao varejo tradicional. Com uma população jovem e conectada e melhorias contínuas na infraestrutura de logística e pagamentos, o Brasil está bem posicionado para um futuro de crescimento no comércio eletrônico, com oportunidades de expansão em diversas regiões e setores.

Mais de 500 mil empresas em SP são notificadas pela Receita Federal sobre exclusão do Simples Nacional por dívidas

Mais de 500 mil empresas em SP são notificadas pela Receita Federal sobre exclusão do Simples Nacional por dívidas Contribuintes inadimplentes ainda têm a chance de quitar suas pendências e permanecer no regime, afirma especialista. A Receita Federal emitiu notificações para mais de 500 mil empresas do Simples Nacional inadimplentes em todo o estado de São Paulo, alertando que, sem a regularização de seus débitos, poderão ser excluídos do regime. Contudo, ainda há tempo para evitar essa exclusão. Entre os principais alvos das notificações estão 314.911 microempreendedores individuais (MEI) e 212.088 microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), totalizando mais de 500 mil com valores pendentes que precisam ser quitados. De acordo com Carlos Afonso, especialista em finanças, os MEIs notificados precisam regularizar a totalidade das suas dívidas para continuar no Simples Nacional em 2025. ‘’O prazo é de 30 dias a partir da notificação, que começou a ser enviada no final de setembro. A regularização pode ser feita através de pagamento à vista ou parcelamento.’’ Os termos de exclusão e relatórios de pendências foram enviados entre 30 de setembro e 4 de outubro aos contribuintes em débito com a Receita Federal ou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Para acessar esses documentos, o MEI deve consultar o Portal do Simples Nacional, através do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE-SN), ou pelo portal e-CAC, utilizando login Gov.BR com conta nível prata ou ouro, ou certificado digital. ‘’A Receita ressalta que a confirmação da notificação acontece na primeira leitura da mensagem, desde que ocorra dentro de 45 dias após a disponibilização do documento. Caso o MEI queira contestar o Termo de Exclusão, deve apresentar a contestação de forma online, conforme instruções no site da Receita Federal’’, ressalta Afonso. Quem resolver as pendências dentro do prazo não será excluído do Simples Nacional e poderá continuar enquadrado no Simei sem a necessidade de comparecer a uma unidade física da Receita.

99% dos profissionais de RH acredita que saúde mental deva ser preocupação nas empresas, mas apenas 46% implementam ações, revela estudo do Infojobs

99% dos profissionais de RH acredita que saúde mental deva ser preocupação nas empresas, mas apenas 46% implementam ações, revela estudo do Infojobs Para Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos da empresa, os dados revelam “uma distância preocupante entre a conscientização e a efetividade no ambiente corporativo” A importância da saúde mental no ambiente corporativo é quase unânime para quem trabalha com Recursos Humanos. Segundo uma pesquisa realizada em setembro de 2024, pelo Infojobs, 99% desses profissionais acreditam que o tema deve ser uma preocupação das empresas. No entanto, ao observar a realidade das organizações, de acordo com os respondentes, apenas 46% delas implementam ações efetivas voltadas aos colaboradores.  “Esses dados revelam um abismo preocupante entre a conscientização e a efetividade no ambiente corporativo”, comenta Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs. “Precisamos lembrar que, por trás de cada número, existem indivíduos que enfrentam desafios diários. Promover a saúde mental não é apenas uma questão de compliance, mas um ato de empatia. É fundamental que as empresas se comprometam a implementar iniciativas concretas que demonstrem cuidado genuíno pelos seus colaboradores”.  Ao analisar o estudo, a especialista ressalta a evolução positiva no número de empresas que investem em programas voltados para a felicidade e satisfação no trabalho: “Notamos um crescimento de 34% em 2023 para 58% neste ano. No entanto, ainda há uma lacuna significativa na abordagem do estresse e da sobrecarga – apenas 28% afirma ter políticas voltadas ao tema. Apesar de certos progressos, podemos observar que poucas organizações implementam políticas realmente eficazes para enfrentar essas questões. O que  evidencia que ainda temos um longo caminho a percorrer para assegurar ambientes de trabalho mais saudáveis e equilibrados”, complementa Hosana Azevedo. O estudo também revela que, nas organizações que existem medidas para promover a saúde mental e felicidade corporativa, destacam-se canais de escuta ativa (39%), incentivo à atividade física (37%) e uma cultura de feedback positivo (36%). Hosana Azevedo enfatiza que a implementação de ações de saúde mental deve ir além do básico: “Não basta adotar uma ação pontual, principalmente nos mês de setembro, e esperar que isso resolva tudo. As empresas precisam ser proativas e inovadoras, escutando ativamente às necessidades dos colaboradores e criando um espaço onde a saúde mental seja tão valorizada quanto a entrega de resultados. Devemos repensar as práticas atuais e trazer a saúde mental para o centro das discussões organizacionais, promovendo uma cultura de apoio e compreensão que beneficie a todos”.  Sobre a amostra: Pesquisa realizada pelo Infojobs em setembro de 2024, com a participação de 275 pessoas, entre homens e mulheres, de 17 a 60 anos. Este material apresenta um recorte específico focado nos profissionais de RH, que representam 52% dos respondentes.