Maternidade como força estratégica: mães empreendedoras impulsionam negócios com empatia e conexão

Segundo a especialista em gestão Fernanda Tochetto, a experiência materna pode ser um diferencial no fortalecimento do networking e na criação de relações mais humanas e eficazes no ambiente profissional A conciliação entre maternidade e carreira tem sido, por décadas, um dos principais desafios para mulheres em cargos de liderança ou que empreendem. No entanto, a empresária e  psicóloga com mais de 24 anos de experiência em educação empresarial, Fernanda Tochetto, defende que a maternidade, longe de ser um obstáculo, pode se tornar um ativo estratégico no crescimento de negócios liderados por mulheres. “Ser mãe amplia a escuta, a empatia e a capacidade de decisão sob pressão — competências essenciais para quem lidera”, afirma. Com mais de 24 anos de atuação no desenvolvimento de lideranças femininas e estratégias empresariais, a especialista observa uma mudança de mentalidade entre mulheres que ocupam cargos de comando e que são mães. Segundo ela, muitas dessas profissionais têm encontrado no papel materno um ponto de conexão legítima com suas equipes, clientes e fornecedores. “Quando a maternidade entra na conversa, surgem laços mais humanos e reais. Isso melhora a comunicação e fortalece relações comerciais”, destaca. A especialista acredita que o networking entre mães empreendedoras ainda é subaproveitado. Enquanto muitos grupos empresariais seguem operando sob códigos rígidos e majoritariamente masculinos, ambientes voltados ao protagonismo feminino têm se mostrado mais eficazes para gerar negócios, parcerias e trocas de alto valor. “Mulheres que compartilham experiências maternas criam vínculos que vão além do cartão de visitas. Elas formam redes de apoio e negócios ao mesmo tempo”, revela. Segundo levantamentos do Sebrae, a maternidade é uma das principais razões que levam mulheres a empreender no Brasil, seja pela necessidade de conciliar a criação dos filhos com a vida profissional, ou pela busca de mais autonomia e flexibilidade. O que começa como uma solução para a rotina, muitas vezes se transforma em estratégia de diferenciação no mercado. “Ao estruturar sua empresa, muitas mães trazem para o modelo de gestão princípios como cuidado, organização, adaptabilidade e visão de longo prazo — aprendizados que vêm diretamente da rotina com os filhos”, explica. Na prática, isso se reflete na maneira como essas líderes constroem suas equipes, lidam com clientes e negociam com fornecedores. A escuta ativa e a compreensão das necessidades do outro — habilidades amplificadas pela experiência materna — passam a ser diferenciais competitivos. “Uma mãe empreendedora costuma identificar com mais rapidez gargalos de comunicação, desmotivação na equipe ou mudanças de comportamento no consumidor. E isso permite ações mais rápidas e eficazes”, pontua. Para Fernanda Tochetto, o próximo passo é criar espaços onde essas conexões entre mães empresárias possam ser nutridas com intencionalidade. “Falar de negócios não precisa excluir o lado pessoal. Ao contrário: quando incluímos nossa vivência como mães, criamos vínculos mais autênticos. Isso abre portas, gera oportunidades e fortalece o posicionamento da mulher como líder. Outro ponto importante, segundo a fundadora Tittanium Club, movimento de educação empresarial, é como a maternidade aprimora a capacidade de priorização. “Mães empreendedoras aprendem a tomar decisões com base no impacto real, e isso se traduz em mais eficiência na gestão do tempo, nos processos e na delegação de tarefas”, explica. Essa habilidade, para ela, é cada vez mais valorizada em um cenário onde o excesso de estímulos e tarefas prejudica a produtividade das lideranças. A maternidade pode ser uma aliada poderosa na construção de culturas organizacionais mais humanas, baseadas em empatia e equilíbrio emocional. “Quando ressignificada, ela fortalece a autenticidade da mulher como líder, tornando-a mais conectada com seu propósito e com o valor que entrega ao mercado”, conclui. By: Carolina Lara

Varejo inteligente: a revolução da IA na jornada do consumidor  

Entenda como a inteligência artificial está moldando um varejo mais ágil, personalizado e centrado no cliente. A transformação digital no varejo já não é mais uma promessa futura, mas uma realidade presente. Durante a NRF Big Show 2025, um dos maiores eventos globais sobre o setor, ficou claro que a inteligência artificial (IA) está moldando a nova jornada do consumidor. Longe de substituir o toque humano, a IA surge como uma poderosa ferramenta para personalizar experiências de compra e fortalecer a relação entre marcas e consumidores.   A nova jornada do consumidor    A integração entre os mundos físico e digital está se consolidando como uma tendência irreversível. Atualmente, muitas jornadas de compra começam online, o que reflete uma mudança significativa no comportamento do consumidor. Grandes redes varejistas, como Walmart, IKEA e LEGO, estão investindo em experiências fluidas, que eliminam barreiras entre o digital e o físico. Soluções como o “Scan and Go”, que permite comprar sem filas, e o social commerce, que impulsiona vendas em plataformas como TikTok, são exemplos claros de como a conveniência e o engajamento digital são cruciais para conquistar o consumidor moderno.   No entanto, a verdadeira transformação começa na cultura interna das empresas. Como John Furner, CEO do Walmart US, comentou em sua análise, o Walmart vê a tecnologia como um impulsionador de seu modelo de negócios, mas enfatiza que, por trás dessa revolução digital, está um compromisso com as pessoas. Marcas que investem na experiência de seus colaboradores e em sua cultura interna, criando um ambiente de trabalho positivo, resultam em um atendimento ao cliente mais eficiente e, por fim, mais satisfatório. Empresas que não cultivam essa conexão interna correm o risco de perder a confiança de seus consumidores antes mesmo de conquistá-los.   As redes sociais também moldam novos comportamentos de compra. Se antes eram apenas espaços de interação, hoje são canais poderosos de conversão. A PacSun vendeu 500 mil calças jeans por meio de transmissões ao vivo no TikTok, enquanto a Havaianas esgotou um lançamento em apenas 48 horas ao ativar a Geração Z dentro do ambiente digital. Essa tendência reforça a importância de marcas investirem em experiências interativas para engajar audiências mais jovens.    Tecnologia a serviço da experiência.   A adoção da IA no varejo vai além da automação de processos: ela muda a forma como os consumidores interagem com as marcas. A Sephora acertou ao unir IA com empatia humana. Sua tecnologia Color IQ recomenda produtos com precisão, mas são os consultores que fazem o cliente sentir que está recebendo um tratamento especial.   Entretanto, implementar soluções tecnológicas exige mais do que apenas ferramentas inovadoras. Requer uma infraestrutura bem planejada e uma estratégia digital bem definida. A Starbucks, por exemplo, precisou revisar sua abordagem digital após enfrentar dificuldades operacionais. Esse desafio também é observado no Brasil. A tecnologia deve ser um facilitador da experiência do consumidor, mas sua adoção exige planejamento estratégico. É preciso garantir que a inovação não crie fricções ao longo da jornada de compra. Empresas que conseguirem integrar inovação com atendimento humanizado estarão um passo à frente.    Fidelização e engajamento   No cenário atual, a fidelização vai muito além de programas de pontos. Empresas que criam comunidades e experiências exclusivas são as que conseguem estabelecer relações mais sólidas e duradouras com os consumidores. A Lululemon, por exemplo, promove eventos de bem-estar que estreitam o vínculo com seu público. Além disso, marcas como Target estão explorando o Retail Media, que converte dados de consumo em estratégias publicitárias personalizadas. Nos EUA, esse modelo movimenta US$55 bilhões de dólares ao ano, e sua tendência de crescimento é visível globalmente.   No Brasil, o grande desafio é estruturar e rentabilizar o inventário de dados, o que abre inúmeras oportunidades para o setor. O segredo está no equilíbrio entre inovação e conexão genuína com o consumidor: a personalização da experiência vai além de oferecer produtos sob medida; é sobre entender profundamente o comportamento do cliente e agregar valor real à sua jornada.   Mais do que nunca, a tecnologia está se tornando uma aliada para o sucesso no varejo. No entanto, as marcas que se destacam são aquelas que sabem equilibrar inovação tecnológica com a humanização no atendimento ao cliente. A verdadeira transformação no varejo não ocorre apenas com o uso de novas ferramentas digitais, mas também com a criação de uma experiência que combine eficiência e empatia.   *Por Oscar Basto Jr, Diretor de B2B2C e Varejo da Interplayers e Cassyano Correr, Diretor de Marketing e Estratégia Digital da Interplayers   

Confira 4 dicas para fazer o e-commerce crescer

Vivendo um momento de expansão, o e-commerce brasileiro promete mais um ano de resultados expressivos. De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor deve atingir um faturamento de R$ 224,7 bilhões em 2025 e registre o oitavo ano consecutivo de crescimento.  A projeção evidencia o potencial do mercado e a importância do uso de estratégias adequadas para que as empresas se destaquem no cenário competitivo. Para empreendedores que buscam melhorar o posicionamento no ambiente digital, algumas dicas podem ajudar a aproveitar ao máximo o momento positivo vivido pelo setor e ajudar a conquistar o diferencial necessário para obter sucesso nos negócios.  Estabelecer metas realistas, contar com o apoio de profissionais especializados, ter a tecnologia como aliada e ouvir os clientes são as principais estratégias indicadas. Enquanto a definição de metas ajuda a determinar o caminho a ser percorrido, ter uma equipe especializada contribui para colocar as ações em prática. Um profissional especialista em crm (Customer Relationship Management), por exemplo, é responsável por gerenciar e melhorar o relacionamento de uma empresa com seus clientes, o que pode ajudar no crescimento do e-commerce.  Elabore metas para o ano O ano de 2025 pode ser promissor para os empreendedores do comércio eletrônico. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para ter sucesso na área, é preciso traçar metas realistas que definam um objetivo a ser seguido.  Antes de iniciar o que se busca em 2025, a orientação é olhar para trás e analisar como foi o ano anterior. O Sebrae sugere avaliar métricas de vendas, conversões, retornos de investimentos e feedbacks. Os dados podem ajudar a identificar os pontos fortes e as áreas que necessitam de melhoria.  Com essas informações, é possível estabelecer as metas do ano, que podem ser o aumento de receita, a redução de custos logísticos, a expansão para novos mercados, entre outras.  Conte com o apoio de profissionais e plataformas especializadas  Para crescer no ambiente digital, as marcas precisam do apoio de profissionais e plataformas especializadas. O Sebrae destaca que todo e-commerce precisa do suporte da área de marketing digital, responsável pelas estratégias de produção de conteúdo e SEO. Os profissionais de marketing digital ajudam o e-commerce a conquistar visibilidade no ambiente digital. As estratégias podem ser usadas em sites, blogs e redes sociais, como explica o Sebrae. A mesma lógica é válida para profissionais de logística e tecnologia. O e-commerce deve contar com uma equipe especializada. As plataformas utilizadas também fazem a diferença. Quem busca estruturar o CRM, por exemplo, pode apostar na implementação HubSpot, que oferece uma variedade de ferramentas para ajudar empresas a conectarem-se com clientes, automatizar tarefas, gerenciar conteúdo e prestar atendimento ao cliente. Use a tecnologia a seu favor De acordo com o estudo Retail Forecast 2025, a Inteligência Artificial (IA) é uma tendência para o e-commerce no ano de 2025 e poderá ser uma ferramenta estratégica para auxiliar empresas em áreas como personalização da experiência do cliente, otimização logística e criação de campanhas criativas.  Outro aspecto que pode auxiliar as lojas virtuais é a implementação de chatbots, por meio da IA generativa. Eles são sistemas avançados de IA conversacional que utilizam processamento de linguagem natural (NLP) e aprendizado de máquina para criar diálogos semelhantes aos humanos. Esses chatbots são capazes de gerar respostas criativas e contextualmente relevantes, adaptadas às preferências do usuário.  Busque a avaliação de clientes As metas do e-commerce para 2025 devem, necessariamente, priorizar as avaliações dos clientes. De acordo com o estudo E-commerce Trends 2025, sete em cada dez consumidores no Brasil baseiam suas decisões de compra nas avaliações de outros usuários. Para 45% dos entrevistados, as avaliações têm um grande impacto. Além disso, 89% dos consumidores relataram ter desistido de uma compra devido a uma avaliação negativa. Por isso, as empresas precisam adotar estratégias para colher o feedback dos clientes. É possível utilizar questionários e pesquisas, buscar comentários nas redes sociais, enviar formulários após a conclusão do atendimento e contar com o apoio de chatbots no atendimento para colher relatos de experiência do cliente.  De posse dessas informações, o e-commerce pode estabelecer metas como a criação, o aprimoramento ou a substituição de produtos.

Record bate recorde comercial e terá 10 marcas no Brasileirão 2025

Emissora fecha com Natura, que também patrocina o futebol da Globo, e terá também cotistas de participação nas transmissões do próximo ano A Record superou as metas comerciais que havia estabelecido para o retorno do futebol nacional em sua grade e terá dez marcas nas transmissões do Campeonato Brasileiro em 2025.A emissora negociou a última cota de patrocínio do plano comercial com a Natura. A curiosidade é que a marca de beleza também é patrocinadora máster do Futebol da Globo, tendo renovado a participação para 2025.Com a inclusão de Natura, são sete os patrocinadores principais do Brasileirão na Record: Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Mercado Pago.O Burger King, que já havia sido anunciado entre os patrocinadores do Brasileirão da Record, adquiriu a cota do Top de 5 segundos.Além dessas marcas, o Brasileirão na Record também negociou duas cotas de participação: Ademicon e Philco são os anunciantes que fecharam o negócio para integrar às transmissões. Futebol na Record terá outras marcas As dez marcas que aquiriram as cotas principais, de top de 5 segundos ou de participação não serão as únicas que aparecerão nas transmissões do Brasileirão na Record.Além dessas dez marcas, o departamento comercial da Record também negocia a inserção de dois breaks comerciais especiais no pré-jogo, período de cerca de meia hora em que a emissora dará início ao bloco esportivo, com informações sobre a partida e o Campeonato.Nesses intervalos, serão apresentadas marcas que não estejam entre as patrocinadoras, desde que, naturalmente, não existam conflitos de segmentos.Um desses anunciantes que já firmou acordo com a Record para o pré-jogo é a Halleon, dona das marcas Eno e Centrum. Brasileirão dividido aquece os negócios na mídia A Record retornará ao Campeonato Brasileiro em 2025 por ter adquirido os direitos de transmissão dos clubes da Liga Forte União (LFU). Entre eles, estão Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional e Vasco.Ou seja, poderão ser exibidos pela Record os jogos que tiverem os clubes da LFU como mandantes. A emissora transmitirá um jogo por rodada, sendo a maioria aos domingos, às 18h30.O Google também adquiriu o mesmo pacote de jogos junto à LFU e exibirá, no YouTube, 38 partidas ao longo do próximo ano.Além de Record e YouTube, os jogos dos clubes da LFU estarão também no Prime Video, que fechou acordo com a LFU para a transmissão de uma partida por rodada.Os direitos de transmissões dos jogos da LFU em pay per view ainda estão em negociação.Enquanto vários players dividirão os jogos da LFU, no caso da Libra, outro bloco que reuniu grandes clubes do futebol brasileiro, a Globo será a emissora exclusiva dos jogos.Ainda em abril deste ano, a Globo anunciou um acordo de exclusividade com os times que compõem a Libra (entre eles estão Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Santos, Atlético Mineiro, Grêmio e Bahia).A Globo exibirá os jogos que tiverem esses clubes como mandantes com exclusividade na TV aberta e também no SporTV e Globoplay. Para as transmissões do Futebol de 2025 – que além do Brasileirão, incluem também as transmissões da Copa do Brasil – a Globo renovou com sete dos oito patrocinadores que estiveram nas transmissões deste ano: Amazon, Ambev, Bet Nacional, Itaú, Natura, Stellantis (com as marcas Fiat e Jeep) e Vivo. Ainda falta uma cota de patrocínio para ser negociada.

Festas de fim de ano impulsionam procura por cursos de confeitaria no Brasil

Transformando hobby em Carreira Lucrativa A confeitaria, tradicionalmente vista como um hobby, tem se consolidado como uma carreira promissora no Brasil. Com o aumento da demanda por produtos artesanais e personalizados, muitos entusiastas estão transformando sua paixão em negócios lucrativos. De acordo com dados do Sebrae, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões em 2021, representando um crescimento de 15,3% em relação a 2020. Esse cenário favorável tem impulsionado a busca por cursos profissionalizantes na área. Além disso, uma pesquisa recente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) revelou que as vendas de alimentos específicos para as festas de Natal e Ano Novo podem crescer até 40% em relação ao restante do ano. Esse crescimento é impulsionado tanto pelos grandes players do mercado quanto pelos pequenos empreendedores, que enxergam nas festas de fim de ano uma oportunidade para aumentar a renda ou até mesmo começar um novo negócio. O Instituto Gourmet, referência em formação gastronômica, observa um aumento significativo na procura por seus cursos de confeitaria. “Nos últimos anos, percebemos um crescimento de 30% na matrícula de alunos interessados em profissionalizar suas habilidades na confeitaria. Desde outubro, registramos um aumento de 55% na procura por cursos de gastronomia, especialmente nas áreas de panificação e confeitaria, para atender à demanda sazonal das festas de fim de ano,” afirma Glaucio Athayde, CEO do Instituto Gourmet. A formação profissional oferecida pelo Instituto Gourmet vai além das receitas caseiras, abrangendo desde a elaboração de massas e recheios até a gestão de negócios. Além disso, a instituição oferece uma estrutura diferenciada, com cozinhas que imitam o ambiente doméstico, auxiliando os alunos a replicarem as receitas em suas próprias casas. “Muitas pessoas têm se inscrito em cursos de panetone e confeitaria para aproveitar a demanda sazonal, especialmente novos empreendedores que estão apostando nas vendas para o Natal e Ano Novo”, complementa Athayde. O final de ano é especialmente favorável para a confeitaria. Produtos como panetones trufados, recheados com brigadeiro, doce de leite e sabores inovadores, como café e pistache, estão entre as tendências mais procuradas. Na confeitaria, os doces decorados com temas natalinos, biscoitos amanteigados com glacê e cupcakes personalizados lideram as vendas. “O público está buscando cada vez mais opções criativas e artesanais, que se destaquem pela qualidade e exclusividade,” aponta Athayde. A internet também tem sido uma grande aliada para esses profissionais, sejam eles MEIs ou autônomos, facilitando a divulgação e comercialização dos produtos caseiros por meio das redes sociais e plataformas de e-commerce. “A presença digital permite que os profissionais divulguem seus produtos de forma mais ampla e atinjam um público maior, especialmente em épocas festivas, quando as pessoas estão mais atentas às novidades,” ressalta o CEO do Instituto Gourmet. O mercado de trabalho para confeiteiros é promissor. Em São Paulo, há 48.599 empresas ativas no setor; no Rio de Janeiro, 29.396; em Brasília, 13.087; e no Espírito Santo, 1.934. O salário médio de um confeiteiro no Brasil é de R$ 1.964,54 para uma jornada de 44 horas semanais. Estados como Bahia e Ceará também vêm apresentando um crescimento significativo, especialmente em produtos que respeitam a regionalidade. Com a crescente valorização dos produtos artesanais e a busca por experiências gastronômicas diferenciadas, a confeitaria se apresenta como uma carreira não apenas apaixonante, mas também rentável. Investir em formação profissional é o primeiro passo para transformar talento em sucesso no mercado. Sobre Instituto Gourmet Completando dez anos de mercado, o Instituto Gourmet Brasil é a maior rede nacional de franquia especializada em cursos profissionalizantes na área da gastronomia. Criado para quem deseja empreender, ingressar no mercado gastronômico, obter formação profissional da área ou aprender por hobby, o Instituto Gourmet oferece opções de cursos de curta, média e longa duração, com flexibilidade nos horários, aulas práticas e foco na interação do aluno. Criada em 2014, a rede ingressou na franchising em 2017 e já conta com mais de 135 unidades abertas em todo o país.

Dólar Marca R$ 6 Pela 1ª Vez na História após Pacote Fiscal

O dólar sente uma pressão maior que a bolsa após os sinais conflituosos da comunicação do governo sobre o pacote fiscal. O dólar à vista começa o dia em forte alta, chegando a entrar no patamar dos R$ 6 após o governo brasileiro começar a detalhar as medidas do pacote fiscal que foi anunciado na noite de ontem (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.  A estimativa é que o impacto das medidas seja de R$ 70 bilhões em dois anos. Até 2030, se prevê uma economia de R$ 327 bilhões.  Ao mesmo tempo, o governo anunciou os planos para colocar em prática a isenção de imposto de renda para pessoas que ganhem até R$ 5 mil e uma taxação mínima para aqueles que tenham renda mensal de R$ 50 mil em 10% para compensar a primeira medida.  O mercado reage de forma cautelosa e temerosa ao pacote. Isso porque, além da dificuldade de calcular o impacto efetivo das medidas, há uma visão de que a equipe econômica de Haddad está isolada dentro do governo, com sinais dúbios sobre o real compromisso fiscal.  Por volta das 11h30, o dólar à vista chegou a marcar R$ 6 por alguns segundos, antes de desacelerar para R$ 5,9925, em alta de 0,92%.  Segundo Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio, a comunicação é um dos principais desafios enfrentados pelo atual governo, já que era esperado que o pronunciamento de Haddad trouxesse alívio. O que ocorreu, no entanto, foi completamente o contrário.  Ele lembra que, no ano passado, o governo conseguiu uma grande vitória com o novo arcabouço fiscal e com um aparentemente otimismo com relação às contas públicas, aproximando o Brasil do grau de investimento dado pela Moody’s.  “A mensagem dos mercados é clara, soluções simplistas não serão bem recebidas. O momento exige propostas concretas e viáveis. A expectativa é de que o texto do arcabouço seja discutido e aprovado dentro do apertado calendário de 2024”, aponta costa E o Ibovespa?Embora a maior parte da tensão se concentre no dólar, o Ibovespa também amanhece no vermelho. Por volta do mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,18%, aos 126.165 pontos.

Liderança: Como integrar diferentes gerações no ambiente corporativo

Liderança: Como integrar diferentes gerações no ambiente corporativo Para um trabalho integrado no qual todos se sintam pertencentes à empresa, é essencial criar conexões com diferentes gerações; entenda Os conflitos de ideias e culturas entre gerações sempre existiu e esse fato pode integrar ou fazer com que uma geração não seja compreendida pela outra. No ambiente corporativo, essas situações também existem. O relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, mostra que 51,6% do mercado de trabalho afirma ter dificuldade para lidar com as diferentes gerações e suas expectativas no mundo corporativo. Quando as equipes não estão conseguindo atingir as metas, ou entregas de projetos estipuladas pelo líder, ou quando há um aumento no turnover no time, são sinais de que os times não estão “conectados” e talvez haja a necessidade de um profissional capaz de criar conexões com diferentes gerações. Para um trabalho mais integrado e que todos participem e se sintam pertencentes à empresa, é essencial que os líderes sejam capazes de criar conexões com diferentes gerações, seja dos Baby boomers, Geração X, Millennials, Geração Y ou com a Geração Z. Segundo Guilherme Spironelli, sócio da EXEC, há situações em que a habilidade de criar conexões com diferentes faixas etárias pode ser crucial, como a implementação de um novo sistema para empresas. “Nesse caso, é normal que sejam envolvidos no projeto profissionais especialistas em suas funções – normalmente aqueles com mais tempo de casa e eventualmente idade avançada – e jovens que possuem maior orientação sobre a tecnologia. Desta forma, cria uma equipe mista, que complementa habilidades”, explica Spironelli. Ele complementa que o mesmo ocorre nas squads que trabalham na criação de novos produtos e, muitas vezes, combinam profissionais de diferentes faixas etárias para um objetivo em comum. Os profissionais conectores são aqueles que possuem uma combinação de habilidades interpessoais, emocionais e comunicativas e que conseguem se desenvolver muito bem com todas as gerações. “Esses profissionais têm a capacidade de ouvir atentamente diferentes pontos de vista, promover diálogos construtivos e integrar diferentes perspectivas em prol de um projeto ou qualquer objetivo comum Desta maneira, são como pontes que unem diferentes grupos e pessoas, conseguindo transitar entre profissionais seniores e juniores, adaptando a comunicação ao perfil de cada interlocutor”, explica. O profissional chamado conector é fundamental para garantir a conexão, produtividade e a inovação dentro da empresa, pontos fundamentais que mantém a retenção de talentos e a diversidade. Segundo Guilherme, o ambiente de trabalho une diferentes faixas etárias, que possuem visões, hábitos, valores e experiências distintas. Saber conectar o melhor de cada uma delas irá criar um time respeitoso, colaborativo e crítico.  Dicas para se comunicar com diferentes gerações Guilherme elenca algumas dicas importantes para os líderes manterem bom relacionamento com diferentes gerações ao mesmo tempo e manterem suas equipes motivadas. 1. Comunicação clara e adaptativa: A comunicação deve ser respeitosa e clara, alinhada à cultura e valores da companhia. É importante ser claro e objetivo na comunicação, se adaptar a linguagem de quem está ouvindo, possuir domínio no assunto que será comunicado e estabelecer canais de diálogo abertos permitindo que todos se expressem. Além disso, o profissional deve ter firmeza para se posicionar, mas sempre com muito respeito com os outros profissionais. “Também é essencial o profissional ter influência para exercer o convencimento com equipe sem desmotivá-los”, explica Spironelli. Ao entender as necessidades e anseios de cada geração, o líder conseguirá comunicar aos colaboradores o que é esperado de cada um deles, o que devem aperfeiçoar e quais pontos podem melhorar, auxiliando no desenvolvimento dos mesmos ao criar um ambiente seguro. 2. Escuta ativa: Não só falar, mas também ouvir. Estes profissionais ouvem com atenção, buscando entender o ponto de vista de cada colaborador e captam opiniões e sentimentos, promovendo um diálogo mais participativo. 3. Empatia: É de extrema importância tentar compreender as emoções, cultura e bagagem do outro, e entender os pontos de vista. A empatia traz um ambiente de respeito mútuo, no qual as diferenças não são descartadas, mas acolhidas como parte do processo colaborativo. 4. Inteligência emocional: É essencial conhecer a si próprio e gerenciar suas próprias emoções e lidar com as emoções dos outros de maneira eficaz. “É preciso manter a calma em situações de conflito e ter a capacidade de desescalar tensões, promovendo harmonia no ambiente de trabalho”, destaca Spironelli. 5. Visão integradora: Para esse profissional capaz de se conectar com diferentes gerações, Guilherme explica que é preciso ouvir e enxergar diferentes pontos de vista, que podem se complementar. Ao unir diversas perspectivas é possível criar soluções inovadoras e gerar resultados coletivos mais construtivos. Ainda, tal visão deve trazer maleabilidade para conseguir fazer com que todas as gerações consigam “ceder” e se respeitar. “Empresas que sabem se comunicar com diferentes gerações tendem a criar ambientes inclusivos e respeitosos, gerando maior colaboração entre funcionários e como são percebidos os valores da empresa. Além disso, aumenta o engajamento e satisfação do colaborador, cresce a sinergia entre áreas e negócios e melhora a experiência do cliente”, finaliza Spironelli.

Como reduzir os riscos para sua empresa e crescer no cenário atual

Como reduzir os riscos para sua empresa e crescer no cenário atual Focar no essencial não só protege contra perdas, como também permitem crescimento e lucratividade de forma sustentável. Em comparação ao século passado, hoje, as empresas têm acesso a uma gama muito maior de oportunidades, serviços e metodologias. No entanto, essa diversidade pode levar algumas organizações a fazerem investimentos errados, resultando em perdas e até mesmo no fechamento do negócio. Segundo o Mapa das Empresas do governo federal, em 2023, quatro empresas fecharam no Brasil a cada minuto, somando mais de 2 milhões de negócios extintos. Por outro lado, empresas que galgam os caminhos de destaque no mercado tendem a se concentrar no que é essencial. Em vez de dispersar recursos em várias frentes, organizações têm fortalecido suas atividades principais e atendido de forma precisa às necessidades de seus clientes. Essa abordagem tem se mostrado eficaz para empresas de todos os tamanhos, que, embora diferentes em porte e recursos, enfrentam desafios semelhantes em um mercado cada vez mais competitivo. Fábio Oliveira, CEO da Sales Clube, observa que o sucesso dessa estratégia está diretamente ligado à clareza de foco. “Para uma empresa prosperar, seja de pequeno ou grande porte, especialmente em períodos desafiadores, é crucial ter uma estratégia clara e direcionada. O que realmente importa é identificar as atividades que trazem maior valor e concentrar os esforços nelas”, afirma. Quando uma estratégia não produz os resultados esperados, a resposta é simplificar. Muitas empresas, após tentativas frustradas de expansão, optam por retornar ao básico, concentrando-se no que sabem fazer melhor. Isso inclui revisar dados, reduzir o escopo de projetos e reforçar as atividades principais. “A estratégia eficaz é aquela que sabe quando simplificar e focar no essencial. Se algo não está funcionando, é fundamental fazer ajustes rapidamente e retornar ao que a empresa faz de melhor”, conclui Oliveira. Empresas que adotam estratégias bem direcionadas estão melhor posicionadas para enfrentar os desafios do mercado atual. Essa abordagem não só protege contra riscos desnecessários, mas também permite que as empresas cresçam de forma sustentável, com base sólida e bem executada.

Setor de pesca movimenta mercado de iscas no interior de SP

Uma criação diferente, mas, que tem movimento o mercado com o público apaixonado por pesca esportiva. Criador de iscas vivas se destaca na região noroeste do estado de São Paulo. Uma criação um pouco diferente, mas com um público específico. O senhor Walter Roberto Schinelo, antigo proprietário de um pesque-pague em Mirassol (SP), transformou o local para a produção de iscas vivas, como minhocas e lambaris. Em sua propriedade, o senhor Walter mantém quatro galpões dedicados para a criação de minhoca “Gigante Africana”, espécie que pode alcançar até 40 centímetros de comprimento. Além disso, ele conta com locais para o criação de lambaris, que também servem como isca para a pesca esportiva. Uma transformação que começou há mais de 16 anos, quando o produtor observou um potencial rentável de negócio. “Eu tinha um canteiro simples para o pesque-pague, até que um cliente de uma casa de iscas me mostrou que o mercado estava disposto a pagar bem por esse tipo de produto”, relata ele. A produção de minhocas é feita em um composto orgânico específico, mantido em locais escuros e com tela para proteger contra predadores. O manejo, segundo Walter, é simples, mas requer cuidados como a oxigenação do solo e o controle de nutrientes, que inclui folhas, esterco bovino e restos vegetais. Com os lambaris, que passa por um processo de reprodução e crescimento em tanques de engorda até atingir o tamanho ideal para comercialização. Fonte: G1

1,8 milhões de empresas brasileiras podem ser excluídas do Simples Nacional e MEI

1,8 milhões de empresas brasileiras podem ser excluídas do Simples Nacional e MEI As empresas optantes pelo Simples Nacional e os Microempreendedores Individuais (MEI) precisam redobrar a atenção em relação a possíveis débitos tributários. A Receita Federal do Brasil notificou, nos últimos dias, 1.876.334 contribuintes com pendências tributárias. Desses, 1.121.419 são MEIs e 754.915 são Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP), totalizando uma dívida expressiva de R$ 26,7 bilhões. Entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro, foram disponibilizados no Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN) os Termos de Exclusão e os Relatórios de Pendências. A Receita Federal alertou que, para evitar a exclusão do regime simplificado a partir de 1º de janeiro de 2025, os contribuintes têm apenas 30 dias a partir da data de ciência do Termo para regularizar suas dívidas. O não cumprimento deste prazo resultará em consequências graves, incluindo a exclusão do Simples Nacional. Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Contabilidade, alerta: “É crucial que as empresas façam uma verificação em seu domicílio eletrônico para ver se não foram notificadas por não pagamentos de tributos e suas obrigações tributárias. Muitas vezes, os contribuintes nem imaginam que estão irregulares, pois os débitos não são intencionais. Esses podem ocorrer por desatenção, como o não pagamento de uma guia.” A falta de regularização pode não apenas levar à exclusão do Simples Nacional, mas também complicar a situação financeira das empresas, prejudicando sua capacidade de operar e crescer. Portanto, é vital que os empreendedores estejam atentos e proativos em suas obrigações fiscais. Como regularizar os débitos Para evitar a exclusão, os contribuintes devem acessar o Portal do Simples Nacional ou o Portal e-CAC da Receita Federal. Os Termos de Exclusão e os Relatórios de Pendências podem ser consultados online, garantindo que todos os devedores tenham acesso à informação necessária para regularizar sua situação. Os contribuintes têm um prazo de 30 dias a partir da data de ciência do Termo de Exclusão para regularizar suas pendências. A ciência se dá no momento da primeira leitura do documento, que deve ser feita dentro de 45 dias contados a partir da disponibilização do Termo. Se as pendências forem regularizadas dentro do prazo, a exclusão não ocorrerá e os débitos serão considerados quitados. Caso contrário, a empresa será excluída do Simples Nacional, e, no caso dos MEIs, também será desenquadrada do Simei. Richard Domingos esclarece que, mesmo que as empresas sejam excluídas agora do Simples, ainda terão até o dia 31 de janeiro de 2025 para ajustar sua situação e optar novamente por esse sistema simplificado. “Caso não regularizem suas pendências até essa data, elas ficarão fora do regime durante todo o próximo ano fiscal, elevando significativamente a carga tributária”, alerta Mota. Os contribuintes têm duas opções principais para regularizar sua situação: Pagamento à vista: Uma forma direta de quitar débitos, evitando complicações futuras. Parcelamento: A Receita Federal permite que os débitos sejam parcelados em até 60 meses, facilitando a regularização.   Além disso, para os débitos com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, existem condições vantajosas, como a possibilidade de negociação de descontos e prazos ampliados. O processo de negociação é totalmente digital, através do portal REGULARIZE. Prazo para adesão ao Simples Nacional Empresas que desejam aderir ao Simples Nacional em 2025 têm até 31 de janeiro do próximo ano para realizar a opção. A adesão, uma vez aprovada, terá efeitos retroativos a partir do primeiro dia do ano calendário. O diretor da Confirp adverte: “Se houver alguma restrição, a regularização deve ser feita até o fim de janeiro. Deixar para a última hora pode inviabilizar ajustes necessários.” Para aderir ao Simples Nacional, é fundamental que as empresas estejam livres de pendências que possam obstruir a opção pelo regime tributário simplificado. Isso inclui a quitação de débitos com a Receita e outras obrigações tributárias. Já empresas que estão sendo abertas, podem optar já em sua constituição por esse regime tributário. Alerta às empresas “Com a Receita Federal intensificando a fiscalização, a regularização de débitos se torna uma prioridade para as empresas do Simples Nacional e MEIs. Ignorar essa necessidade pode resultar em consequências severas, como a exclusão do regime e um aumento na carga tributária. Portanto, a orientação é clara: busque regularizar sua situação o quanto antes para garantir a continuidade dos negócios e evitar complicações financeiras no futuro”, finaliza Richard Domingos. Os empreendedores devem agir proativamente, revisando suas obrigações tributárias e utilizando os recursos disponíveis para manter suas empresas em conformidade.