CMO da Visa desde novembro de 2023, a executiva Carla Mita viveu, literalmente, durante o período olímpico e paralímpico, este que terminou neste domingo, (8), uma imersão especial no mundo do patrocínio. A marca é uma das parcerias mais longevas do Comitê Olímpico Internacional (COI), apoiando os eventos relacionados desde 1986.
Durante esta temporada, a Visa levou, para a edição, 117 atletas do chamado Team Visa. Do Brasil, duas fazem parte: Debinha (futebol) e Raissa Rocha (atletismo paralímpico). Para além do patrocínio, a marca investe na formação desses profissionais como produtoras de conteúdo no Team Visa Summit. Alem disso, também levou um grupo de centenas de clientes brasileiros para viver a experiência dos jogos presencialmente, em parceria com vários bancos.
Com passagens pela Porto, Bradesco, HSBC, Santander e outras entidades financeiras, a executiva é formada em Ciências da Computação e protagonizou projetos emblemáticos tecnológicos como o surgimento do internet banking no Brasil e tudo que ele representou posteriormente para a evolução dos bancos.
Carla falou com a Forbes Brasil também sobre sua transição de empresas do segmento financeiro e seguros para uma marca de tecnologia como a Visa. Destacou a importância de um patrocínio tão icônico e também falou sobre outras iniciativas da marcas para o restante do ano de 2024. Além de compartilhar da experiência de ter patrocinado o primeiro jogo da NFL no Brasil, que ocorreu em São Paulo na última sexta-feira, (6).
Forbes Brasil – Como foi, sob a perspectiva de um patrocinador, presenciar o primeiro jogo da NFL no Brasil?
Carla Mita – São quase 40 milhões de fãs no Brasil do futebol americano. O segundo maior mercado fora dos Estados Unidos atrás apenas do México. Por aí, já é possível entender a importância desse esporte para os brasileiros. Além disso, é uma modalidade que vem crescendo muito entre nós. Para a Visa, um dos fatores mais interessantes é que trata-se de uma audiência jovem. Tem um outro aspecto, a democratização, ou a pessoa assistia na TV fechada ou teria que acompanhar essa experiência in-loco. Hoje, já é possível assistir de forma gratuita. Trata-se de um momento histórico e muito relevante.
FB – O que representou esse período olímpico e paralímpico para uma marca que apoia o COI desde 1986?
Carla – Trata-se de um asset super valorizado, tivemos quase 10 campanhas no entorno das principais ativações. Levamos para Paris vários parceiros e clientes que incluem Banco do Brasil, Caixa, Santander. Não é apenas pelo patrocínio, eu diria que vai muito além. Tem relação com todos os elementos que você utiliza para potencializar esse investimento, contar histórias e trazer momentos únicos para nossos clientes.
FB – Quais foram os desafios dessa edição, em especial?
Carla – Além de todo desafio logístico de trazer as pessoas para acompanhar, ampliar os relacionamentos e transformar a experiência em algo incrível, tivemos a presença comercial, já que todos os pagamentos oficiais dos jogos foram por meio da tecnologia Visa, aqui traz outro elemento também que é de manter o nível dessa experiência. Nesta edição, em especial, também foi interessante observar, a partir de um olhar de quem é um parceiro de tecnologia, dada a quantidade de ciberataques que surgiram, naturalmente por ser um hub que atrai muita visibilidade. Mas no final, o aprendizado foi de poder reforçar a parceria com um comitê tão competente.
FB – Como foi sua transição, após mais de 20 anos no segmento financeiro, para uma empresa de tecnologia?
Carla – Apesar de estar agora em uma empresa de tecnologia, eu, em especial, sempre estive ligada a esse mundo.Fiz ciências da computação. Participei de um momento muito especial do segmento financeiro que foi a implementação do internet banking, algo que mudou totalmente o futuro da maneira como lidamos com o dinheiro. A Visa participou bastante deste processo. Desde a evolução dos cartões, os chips, o uso de inteligência artificial. No fim, hoje, somos uma empresa de tecnologia que tem como foco continuar proporcionando experiências, afinal, um cartão, seja físico ou digital, faz de momentos especiais das pessoas, do pão na padaria a uma aquisição relevante.
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